Neste sábado, 15, o grupo terrorista Hamas libertou três reféns israelenses na Faixa de Gaza, como parte de um acordo de cessar-fogo mediado por Egito e Catar, com apoio dos Estados Unidos. Os reféns foram entregues à Cruz Vermelha em Khan Younis, que os transportou para território israelense.
Esta libertação ocorre em meio a tensões, depois de acusações mútuas de descumprimento dos termos do acordo entre o grupo terrorista e o governo israelense. O impasse foi resolvido por intensos esforços de mediadores egípcios e cataris.
Os três reféns libertados são Sagui Dekel-Chen, cidadão americano-israelense; Alexandre Sasha Troufanov, de dupla nacionalidade russa e israelense; e Iair Horn, israelense.
Acordo de troca de prisioneiros
O acordo estipula que, em troca dos reféns, Israel libere 369 prisioneiros palestinos. O Hamas se comprometeu, no mês passado, a liberar 33 reféns israelenses, incluindo mulheres e crianças.
Antes dessa última libertação, 16 reféns israelenses já haviam sido soltos, junto com cinco tailandeses, em uma ação não programada. No entanto, 76 reféns ainda permanecem em Gaza, com informações indicando que cerca de metade deles está viva, segundo a Reuters.
A Cruz Vermelha, que facilitou as trocas, expressou grande preocupação com as condições dos reféns que ainda estão em Gaza. “As últimas operações de libertação reforçam a necessidade urgente de que o CICV possa ter acesso aos reféns. Estamos muito preocupados com a situação dos reféns”, afirmou a organização.
Condições dos reféns do Hamas
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A aparência debilitada dos reféns libertados no sábado anterior gerou indignação em Israel. O Hamas já havia exibido alguns dos reféns em um palco antes da liberação, o que aumentou a tensão.
A organização busca que Israel permita a entrada de ajuda humanitária em Gaza, incluindo casas móveis para os desabrigados e equipamentos para remover escombros. A organização também deseja que mais suprimentos médicos e combustível sejam enviados.
Israel, por sua vez, alertou que retomaria os combates caso os reféns não fossem libertados. Embora a crise imediata tenha sido contornada, a trégua enfrenta desafios significativos.
A invasão da fronteira por militantes do Hamas e outros grupos resultou na morte de cerca de 1,2 mil pessoas em Israel e no sequestro de mais de 250 reféns.
A primeira fase do acordo deve terminar no início de março, mas ainda não se iniciaram negociações significativas para a segunda fase, que envolveria a libertação de todos os reféns restantes em troca do fim da guerra.
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