O embaixador da China na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra disse nesta sexta-feira, 9, que o governo chinês não vai mais cooperar com o Escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU (ACNUDH), em razão da divulgação, em 31 de agosto, de um relatório que apontou possível crime contra a humanidade praticado pela China diante de graves violações de direitos humanos contra os uigures, minoria muçulmana na Província de Xinjiang.
O embaixador Chen Xu disse à imprensa que o escritório “fechou a porta da cooperação” ao divulgar o relatório que classificou como “ilegal e inválido”. A China nega quaisquer abusos em Xinjiang e diz que a ONU interferiu em assuntos internos do país.
O relatório sobre os uigures era cobrado e esperado havia meses pelos governo ocidentais, que acusam sistematicamente a China de cometer genocídio ao fazer encarceramento em massa e perseguição da minoria étnica. O relatório reconheceu os abusos, mencionando, também, esterilização e abortos forçados em mulheres uigures.
O Escritório de Direitos Humanos recomendou medidas imediatas para libertar todos os detidos e que a China esclareça o paradeiro de pessoas desaparecidas. O documento também menciona vítimas de espancamentos e a destruição de mesquitas.
Depois da divulgação do documento, os Estados Unidos pediram punições para a China.
A expectativa é que o relatório sobre os crimes cometidos em Xinjiang seja discutido durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos na próxima semana. Chen disse que “se oporia firmemente” a quaisquer medidas contra a China nessa sessão.
O esperado relatório somente foi divulgado nos últimos minutos antes de Michelle Bachelet deixar o cargo de chefe do ACNUDH. Enquanto ela demorava para entregar o relatório, ativistas criticavam a chilena pelo atraso e por fazer uma viagem à China, o que indicaria uma postura branda para com o PCC. O relatório, incisivo, afastou as críticas.
Para o embaixador chinês, porém, a entrega do relatório nos últimos minutos revela que a comissária não apoiava as conclusões do documento. “Se eu ler a mente dela corretamente, não acho que ela esteja de acordo com o relatório e é por isso que foi divulgado no último minuto.”
O Alto Comissariado para os Direitos Humanos está sendo administrado interinamente até a chegada a Genebra do austríaco Volker Turk, nomeado na quinta-feira. Um porta-voz do ACNUDH se recusou a fazer comentário imediato sobre as declarações do embaixador chinês.
A “”casta”” com muitas aspas, que domina o país dos xingling não se dobra fácil não… pobres cidadãos, muito triste.
Porra , isola esses comunas
Se lessem a mente dela certamente a verdade seria ao contrário! Retardando para favorecer a China.