No último fim de semana, três astronautas chineses chegaram à estação espacial Tiangong, em etapa considerada o início do projeto do país para dominar a exploração do espaço até 2045. Entre os planos ousados neste caminho, estão uma missão tripulada à Lua e o envio de sondas a Marte e Júpiter.
O trio de astronautas chineses ficará na estação Tiangong por seis meses, atuando principalmente na finalização da construção da estrutura espacial.
A programação da China inclui para o próximo ano o lançamento do telescópio Xuntian, que vai orbitar perto da estação espacial e vai se acoplar a ela para manutenção e reabastecimento.
Até 2030, o país espera colocar seus primeiros astronautas na Lua e enviar sondas para coletar amostras de Marte e Júpiter.
Os chineses já enviaram uma missão não tripulada à Lua para coletar amostras de rochas. Na oportunidade, conseguiram hastear uma bandeira do país na superfície lunar, intencionalmente maior do que os exemplares anteriores dos Estados Unidos.
Corrida liderada pelos EUA
A China é o terceiro país a colocar astronautas no espaço e construir uma estação espacial, depois da União Soviética e dos Estados Unidos. O país asiático já enviou 14 astronautas ao espaço, bem menos do que os norte-americanos (340) e os soviéticos/russos (130).
Até o momento, a exploração da China é independente, pois o país está excluído na Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), poque o governo dos EUA proíbe a agência espacial Nasa de compartilhar informações com os chineses.
Atualmente outros países trabalham em programas que visam ao retorno da humanidade à Lua. A Nasa tem o objetivo de enviar uma missão tripulada ao satélite em 2025. A Agência Espacial Europeia também vem desenvolvendo sua agenda lunar, assim como Japão, Coreia do Sul, Rússia, Índia e Emirados Árabes Unidos.