A cidade de Xangai, na China, aprovou na quarta-feira 26 a inclusão de uma vacina oral inalável como dose de reforço para pessoas maiores de 18 anos que já completaram o primeiro esquema de vacinação contra a covid-19.
A vacina Convidecia Air, como foi batizada, é desenvolvida pela biofarmacêutica CanSino Biologics. Segundo a empresa, o imunizante é uma opção não invasiva, indolor e com capacidade de gerar fortes respostas de imunidade.
O fármaco é uma espécie de fumaça e deve ser aspirado pela boca, já que não precisa de agulha para ser injetado. Estudos clínicos mostraram uma resposta do sistema imunológico em pessoas que haviam recebido anteriormente duas doses de vacinas chinesas diferentes.
“Com apenas um quinto da dosagem da versão intramuscular, a versão inalada treina a função de memória imunológica do corpo imitando a infecção natural do vírus e induz eficientemente a imunidade da mucosa para alcançar proteção tripla e efetivamente conter a infecção e bloquear a transmissão”, informou a CanSino.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera a vacina injetável da CanSino segura para ser utilizada em adultos. Segundo a entidade, estudos clínicos observaram uma eficácia de 58% para reduzir casos sintomáticos da doença e 92% para quadros graves.
O ranking de exportações de vacinas contra a covid-19 tem um líder: a China. Até 31 de outubro do ano passado, o país embarcou 1,3 bilhão de doses, o equivalente a 46% do total mundial, conforme a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em segundo lugar, vem a União Europeia, com 30,3% das exportações (880 milhões de unidades). Os Estados Unidos ocupam a terceira posição, ao registrar 10% das vendas ao exterior (300 milhões de doses).
A pesquisa da OMC comparou o local onde os imunizantes são produzidos com o local em que elas são administradas. A maioria das vacinas utilizadas na Ásia, na Europa e na América do Norte são produzidas localmente.