A cidade chinesa de Sanbao, localizada na região de Xinjiang, no oeste da China, quebrou um recorde nacional de temperatura de 52,2ºC, no mesmo dia em que John Kerry, enviado de clima dos Estados Unidos (EUA), se reuniu com seu colega chinês Xie Zhenhua, na cidade de Pequim. Ambos os diplomatas representaram os seus respectivos países nas negociações em prol de acordos econômicos que visam a atender as exigências de controle do clima.
De acordo com a Administração Meteorológica chinesa, o registro superou o recorde anterior, de 50,6ºC, que foi estabelecido em julho de 2017. Autoridades chinesas pediram aos trabalhadores e estudantes, nesse último domingo 16, para que permanecessem em casa; e ordenaram que veículos oficiais borrifassem água nas principais vias de Pequim. Na cidade de Turpan, localizada nos arredores de Sanbao, os especialistas registraram que a temperatura do solo chegou a 80ºC.
🌡️ Dangerous levels of heat are affecting parts of North America, Asia and southern Europe
— Met Office (@metoffice) July 16, 2023
📈 China provisionally recorded it's highest temperature on record on Sunday and some Mediterranean countries will challenge their respective records this week pic.twitter.com/zuD4rFEgng
Mudanças climáticas e ajuda às nações pobres
De acordo com o portal G1, as conversas entre John Kerry, enviado especial dos EUA para os assuntos de mudanças climáticas, e Xie Zhenhua vão se concentrar em questões como a redução das emissões de metano, a limitação do uso de carvão, a contenção do desmatamento e a ajuda às nações pobres a fim de lidar com as mudanças climáticas. Observadores internacionais afirmam que a agenda também deve incluir as objeções da China às tarifas impostas pelos EUA e outras restrições às importações de componentes de baterias e painéis solares fabricados na China.
Ambos os gigantes econômicos afirmam que devem ser capazes de colaborar em prol do combate às mudanças climáticas, apoio bilateral que independe de outras divergências políticas. Os acordos firmados entre a China e os EUA geralmente servem de impulso para as negociações climáticas globais, o que inclui o estabelecimento das bases para a consolidação do acordo climático de Paris, convenção celebrada na capital francesa em 2015.
Que a china arda no fogo.