A fala rebate o ataque do porta-voz chinês Zhao Lijian, que afirmou: “O racismo é uma doença crônica da sociedade norte-americana”
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou ontem que o Partido Comunista chinês usa a morte de George Floyd como peça publicitária contra o Ocidente.
Para ele, a China quer legitimar a teoria segundo a qual os Estados Unidos não respeitam os direitos humanos. “Contudo, essa propaganda ridícula não deve enganar ninguém”, anunciou Pompeo no Twitter.
A mídia estatal chinesa tem feito extensa cobertura sobre o caso Floyd, morto por um policial branco na semana passada. De acordo com o porta-voz do país, Zhao Lijian, “o racismo é uma doença crônica da sociedade norte-americana”.
Em resposta, Mike Pompeo disse que a atitude chinesa não surpreende, haja vista que o país segue o histórico de ditaduras. “Nenhuma mentira é demasiada obscena em ditaduras, desde que sirva aos anseios de poder do partido”.
Repressão chinesa
Conforme noticiou Oeste, a China aprovou em maio um projeto de lei para reprimir manifestações democráticas em Hong Kong — Taiwan se comprometeu a abrigar os que tenham de sair do território por razões políticas.
A decisão em Pequim dividiu o Parlamento do território, que tem parcial autonomia desde que foi devolvido pelos britânicos em 1997. Portanto, as tensões entre as partes devem aumentar nesta semana.
O projeto autoritário travestido de “lei de segurança” é uma resposta às manifestações por mais liberdade que se prolongaram por sete meses em 2019, com diversos confrontos entre manifestantes e policiais.
Segundo a imprensa estrangeira, ativistas locais pró-democracia garantem que o medo dos comunistas é a vitória da oposição nas eleições legislativas marcadas para setembro deste ano.
Tal possibilidade, portanto, seria um revés para a ditadura comunista.