O cientista Pascal Lee, do Instituto Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI), apresentou na 55ª Conferência de Ciência Lunar e Planetário no Texas um estudo que comprova a existência de um novo vulcão em Marte. A estrutura possui mais de 450 km de extensão.
O evento onde foi divulgada a descoberta do novo vulcão começou no dia 11 de março e vai até esta sexta-feira, 15.
As sondas que rondam o planeta vermelho desde 1971 nunca captaram o Noctis — nome dado ao vulcão descoberto recentemente por Lee e sua equipe. A dificuldade em identificá-lo ao longo dos anos deu-se pela profunda influência erosiva nas estruturas geológicas.
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Segundo o pesquisador, ele estava fazendo uma análise em outra área geológica quando percebeu que estava “dentro de um vulcão enorme e profundamente erodido”.
Na mesma região, existem outros três vulcões que são muito conhecidos pela comunidade científica: Ascraeus Mons, Pavoni Mons e Arsia Mons.
Todos eles são maiores que o Noctis, no que diz respeito à altura. Entretanto, quando se fala em extensão, o recém-chegado no grupo rivaliza com todos.
Entenda a estrutura do vulcão em Marte
Ao analisar o novo vulcão, é possível identificar uma cratera vulcânica desmoronada, que antes parecia ser um lago de lava. Aos pés da estrutura também foi encontrado fluxo de lava, pedras e rochas metamórficas — isto é, rochas formadas a partir de outras já existentes.
O nome provisório “Noctis” é uma referência à região marciana Noctis Labyrinthus — Labirinto Noctis, em português. O espaço, como o próprio nome sugere, é conhecido pelos labirintos formados pelos vales profundos e com paredes íngremes.
Segundo a comunidade científica, as rochas dessa região apresentam um longo período da história de Marte.
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Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro