Nesta terça-feira, 1º, a mídia estatal chinesa CCTV afirmou que, ao menos, 11 pessoas morreram e 13 estão desaparecidas depois que fortes chuvas atingiram Pequim. Estradas foram submersas e bairros inteiros da capital chinesa foram inundados pela lama. A causa da destruição foi a passagem de um tufão, que, em apenas 40 horas, fez chover o volume esperado para todo o mês de julho na China.
Tempestade Doksuri
O supertufão, chamado de Doksuri, varreu o norte da China depois de passar pela Província de Fujian, no sul, nessa sexta-feira 28. A capital do país asiático começou a sofrer com as fortes chuvas a partir de sábado. Um morador da região atingida relatou à agência de notícias AFP que não via inundações tão graves desde julho de 2012, quando 79 pessoas morreram e dezenas de milhares tiveram de ser evacuadas.
O popular disse: “Desta vez é muito maior do que isso. É um desastre natural, não há nada que você possa fazer. Nós ainda teremos de trabalhar duro para reconstruir”.
MUNDO | Imagens mostram carros sendo arrastados na correnteza de um rio após parte de uma ponte desabar com as enchentes na região de Pequim. Saiba mais das inundações na China em https://t.co/5XnXPWK3BK. pic.twitter.com/uZ1IqvcMYS
— MetSul Meteorologia (@metsul) July 31, 2023
O presidente comunista Xi Jinping pediu “todos os esforços” a fim de resgatar os “desaparecidos ou isolados” em função das chuvas. De acordo com a mídia estatal, mais de 100 mil pessoas que viviam em áreas de risco foram evacuadas de Pequim. E as autoridades chinesas alocaram cerca de 110 milhões de iuanes — aproximadamente R$ 70 milhões — para os trabalhos de socorro em Pequim e nas Províncias vizinhas.
Mais de 150 mil casas sem água
Na região de Mentougou, mais de 150 mil residências ficaram sem água corrente, de acordo com o jornal local do Partido Comunista Pequim Daily. Um rio transbordou e derrubou árvores ao longo da margem, ao obstruir seções das estradas próximas. A mídia local divulgou também cenas caóticas de trens de alta velocidade parados nos trilhos por até 30 horas — os passageiros reclamavam por comida.
A China tem sofrido com o clima extremo neste verão. Mas há outro motivo de preocupação: o país já está se preparando para a chegada de outro tufão, o Khanun, que será a sexta tempestade a atingir o país neste ano.