Nesta semana, a Academia Sueca anunciou que o Prêmio Nobel de Medicina será concedido ao especialista em genética evolucionária Svante Pääbo, da Suécia. A premiação levou o biólogo brasileiro Fernando Reinach, PHD em Biologia Celular e Molecular pela Cornell University e autor de A Chegada do Novo, a escrever um artigo no jornal O Estado de S. Paulo, no qual discorre sobre o trabalho de Pääbo.
Inicialmente, o trabalho do sueco — a extração de DNA de fósseis — foi alvo de críticas no mundo científico. Mas, com o aprimoramento das técnicas, ele conseguiu determinar como era a vida sexual dos neandertais, “os primos dos humanos”, segundo a teoria da evolução, que viveram há 30 mil anos.
Na década de 1980, Reinach visitou uma exposição no Museu de História Natural em Nova Iorque sobre o que se pode aprender examinando restos mortais, desde cadáveres mais recentes até ossadas fossilizadas. Quanto mais antigo o cadáver, mais difícil descobrir como era sua vida. “Ao longo da exposição, me convenci tristonho que os segredos de nossos ancestrais distantes estavam perdidos e teríamos de nos contentar com as poucas informações obtidas diretamente dos ossos”, observou o biólogo brasileiro, no artigo.
Foi na última sala da exposição que teve contato com o trabalho de alguns cientistas que estavam extraindo DNA de ossos pré-históricos. Com uma broca de dentista, eles furavam os dentes dos cadáveres e extraíam DNA da polpa. Técnica semelhante era utilizada em múmias, cujos DNAs estavam suficientemente preservados para serem sequenciados.
Um desses cientistas era o sueco que agora foi laureado com o Nobel de Medicina, descobriu Reinach, ao pesquisar sobre o assunto, depois da visita ao museu. “Foi nesse dia que li o primeiro trabalho de Svante Pääbo, a tese de doutoramento, em que demonstrou que era possível extrair DNA de múmias”, lembrou.
O biólogo brasileiro relata que os trabalhos iniciais do sueco foram desacreditados, em razão da possibilidade das amostras coletadas dos fósseis serem contaminadas por material genético recente. Essa contaminação ocorreu em vários casos.
Pääbo, contudo, não desistiu e conseguiu aperfeiçoar os métodos de extração e demonstrar que o DNA era realmente antigo. Isso foi uma revolução para a paleontologia, avalia Reinach. “Agora, temos acesso ao genoma de seres vivos extintos milhões de anos atrás.” O genoma de seres vivos extintos pode ser estudado com essa técnica de extração do DNA.
O maior feito do cientista sueco, no entanto, ainda estava por vir. Pääbo sequenciou o genoma dos neandertais. O biólogo brasileiro explica que comparando nosso genoma com o dos neandertais, o grupo de Pääbo descobriu que possuímos hoje genes vindos do neandertais. “Com isso, ficou demonstrado que nossos ancestrais fizeram sexo com esses primos.”
Recentemente, pesquisadores da equipe do sueco descobriram uma ossada de uma mulher cujo DNA demonstrou que era filha de um humano e um neandertal.
Reinach termina o artigo dizendo que o cientista sueco, agora Nobel de Medicina, poderia ter desistido de tentar extrair DNA de múmias e ossos quando foi crucificado pela comunidade científica. “Mas insistiu, chegou lá, e modificou completamente nosso conhecimento sobre nossos ancestrais. Sem dúvida merece o Prêmio Nobel”.
Carta de Luladrão à Revista Oeste:
A todof of vornaliftaf da Revifta Oefte: eu goftaria de divêr que eu nun têiu língua prêva, que iffo é túdu mintira. Goftaria também de divêr que eu fô inofênti, não robêi a Petrobráif, nem a Eletrobráif, nem o BNDEF, nem o fítio de Atibaia, nem o tripéks do Guarujá, nem o apatamêntu de Fão Benádo, nem o Inftituto Lula, nem a conta na Fuífa (na Zoropa). Iffo túdu é facanávi duf meuf amígu currúptu, eu num fabía de nada diffo. É facanávi também do Férfio Môru, aqueli fuíf fiadaputa de Curitiba, onde fiquei doif ânuf prêvo naquêli frio abfurdo abafo di féro. Agora que o Effeteéfi (STF) mi foltô, eu fou inofênti e nun dêvo maif nada, péffo os vótuf di tôdof of leitôref da Revifta Oefte. Maf fi não quifé votá nimim, então fai tomá nukú tudumundu, feuf fafifta du caraio. Pusquê eu nuquéru fóto de niguêim, eu quero é diêro dufêif, bando de trôfa. Bêjo no coraffaum dufêif, e fai Curíntia !!!
Excelente matéria. Parabéns.
…quem serviu para teste: Dilma ou FHC? Eis a dúvida…
Que matéria inútil, meu Deus do céu!