Há aproximadamente 200 milhões de dálites na Índia. Eles estão entre os cidadãos mais marginalizados do país, e condenados aos escalões mais baixos da sociedade por uma rígida hierarquia de castas.
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Apesar de instituições estatais oferecerem cotas para a tribo — que reduziu as lacunas na educação, renda e saúde, elevando alguns deles a postos altos na sociedade —, um número significativo, no entanto, continua a fazer trabalhos evitados por outros, como o descarte de animais mortos e a limpeza de esgotos.
Alguns chegam a ficar 8 meses sem trabalho
Os Musahars — comunidade Dalit cujo nome significa “pessoas rato” — são tão pobres que sua alimentação geralmente inclui ratos. Muitos chegam a ficar até oito meses sem trabalho.
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Entretanto, ao enfrentar o desafio de sobrevivência, os Musahars encontram meios de subsistência alternativos, como o Nachaniya. São artistas do sexo masculino, de dez a 23 anos, que se vestem como mulheres e se apresentam em casamentos nas aldeias.
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Outro tipo de arte usado por essa tribo está nos Ramnami — outro grupo Dalit —, que, com o rosto e a cabeça raspados e tatuados, repetem uma música de “Ram”, isto é, trata-se de uma manifestação eloquente de canto em forma de escrita.
A luta para mostrar sua identidade
Nascidos no final do século 19, os Ramnamis, do Estado de Chhattisgarh, chegam a gravar suas devoções na sua própria pele — uma forma de mostrar sua identidade.
Algumas mulheres Dalit resistiram às restrições de castas superiores, desenvolvendo uma forma única de adorno — as tatuagens.
“Proibidas de retratar divindades hindus, elas encontraram inspiração na natureza”, diz Asha Thadani, fotógrafa dos dálites. “Hoje, suas pinturas são renomadas, servindo como fonte de subsistência e testemunho da criatividade e coragem dessas mulheres.”
Trabalho duro e desvalorizado
Alguns fazem parte de um grupo que queima cabeças de cabra do lado de fora do mercado de carne, na cidade de Bangalore.
As cabeças de cabra são processadas a fogo para remover a pele. Isso facilita a preparação e a venda do órgão mais caro — o cérebro. Esse processo é um passo importante na preparação da carne.
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Expostos ao calor, os que fazem esse trabalho têm uma expectativa de vida de 35 a 45 anos. Os espetos de metal que são usados ficam extremamente quentes durante a queima. Isso afeta a sensibilidade das mãos ao segurá-los durante todo o dia de trabalho.
O trabalho é realizado exclusivamente por dálites do sexo masculino. Alguns com idade entre dez e 12 anos. Eles recebem um pagamento de 15 rúpias (R$ 0,18) pelo processamento de uma cabeça de cabra.
Achei a reportagem meio sem nexo, solta e superficial
Quem venera a satanas paga o preço, assim de simples.
Loucura, em pleno século XXI ainda termos indivíduos sujeitos à uma vida inferior do que a dos demais.
Lá, o sistema de cotas funciona, ao invés do provimento de instrução para todos os indivíduos.
Lá, também, se criam artistas – artista é qualquer um que nada sabe produzir e se utilizam do que possuem de competência para ganhar algum -, aqui são as ONGs, alimentando sambistas, repentistas, jogadores de futebol, malabaristas, …, os metrôs estão cheios de exemplo: qualquer semelhança não é mera coincidência!
Qual a finalidade disso?
Manter uma casta de miseráveis de maneira que alguns possam se aproveitar de alguma forma!
Não é à toa que a Índia, o Brasil, a Rússia, a China e a África do Sul não consideram o Hamas um grupo terrorista.
Triste!
Isto é que chamo de Genocídio. Há anos que eles reduzem a espectativa de vida deste povo, mantendo as castas na India.
Está mais do que na hora disto mudar.