O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou o ditador Nicolás Maduro vencedor da eleição presidencial do país no último domingo, 28. O líder chavista, que está no poder há 11 anos, vai entrar para o seu terceiro mandato.
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Esse fato ocorre em meio às denúncias de fraudes, depois de o órgão eleitoral venezuelano não divulgar o resultado oficial do pleito. Agora, há informações de que o Maduro está fabricando atas da eleição para alterar o resultado verdadeiro.
Essa não é a primeira vez que o regime bolivariano é acusado de fraudar as eleições. Para continuar no comando no país, Maduro emprega táticas para distorcer o processo democrático.
Juntar diferentes braços do governo
Uma das principais ferramentas utilizadas por Maduro para permanecer no poder é a cooptação de diferentes braços do governo. Isso não acontece somente na Venezuela, mas em outras ditaduras da América Latina, como Cuba e Nicarágua.
Um caso que exemplifica isso é o do ditador nicaraguense, Daniel Ortega. Em 2023, a ditadura do país destituiu o presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
Rosario Murillo, a primeira-dama do regime, assumiu o controle da Corte, segundo o jornal da Nicarágua Confidencial.
Maduro reprime candidatos
Além disso, governos autoritários, como o de Maduro, frequentemente reprimem candidatos da oposição e ditam quais podem concorrer.
O regime da Venezuela usou os tribunais para proibir María Corina Machado, principal líder da oposição, de concorrer contra Maduro. A ditadura obrigou o partido dela a usar como substituto Edmundo González — um diplomata pouco conhecido.
No Irã, por exemplo, a teocracia repressiva permite apenas candidatos que são examinados pelo Conselho de Guardiões — um grupo de 12 juristas e clérigos. Neste ano, o conselho desqualificou da disputa várias mulheres, um ex-presidente e muitos funcionários do governo.
Cultura de medo
A cultura de medo na Venezuela ficou mais clara depois que o ditador Maduro alertou para um “banho de sangue” caso seu partido perdesse. Em 2017, tropas da Guarda Nacional e milícias alinhadas ao regime reprimiram violentamente as manifestações contra o governo. Em 2019, um tanque de guerra atropelou manifestantes em Caracas, capital venezuelana.
Esse script funciona na Venezuela, mas não funcionará no Brasil. Em primeiro lugar porque, NADA funciona no Brasil, por conseguinte, nossa população é dez vezes maior e muitos de nós nem sabem e nem nos atinge o que se passa no esgoto do Itamaraty.
Quando os confetes e purpurinas se dissiparem e avançarem nas propriedades privadas e nos fundos de pensão, a ORCRIM será esmagada.