Forças rebeldes começaram a avançar nesta sexta-feira, 6, em direção a Damasco, capital da Síria. O objetivo é montar um cerco para tentar dissolver o governo do ditador Bashar al-Assad. Líderes do Egito e da Jordânia pediram para que Assad deixe o país, segundo reportagem do The Wall Street Journal.
Nos últimos dias, rebeldes do movimento jihadista Organização para a Libertação do Levante (HTS, na sigla local) estão conquistando cidades importantes da Síria, reascendendo a guerra civil que já dura 13 anos. Lideranças do movimento dizem que suas tropas estão nos limites da cidade de Homs, a terceira maior do país.
Síria vê batalha em Homs como decisiva
A conquista de Homs seria estratégica por representar, na prática, uma espécie de cerco a Assad. Isso porque, geograficamente, os rebeldes conseguiriam romper uma das principais barreiras no trajeto até Damasco, ficando a menos de 200 km ao norte da capital.
De acordo com o The Wall Street Journal, o regime de Assad vê a batalha em Homs como decisiva. Se as forças do regime sírio perderem, Damasco ficará isolada da costa, onde estão as bases militares da Rússia, que apoiam Assad.
Do mesmo modo, ao sul de Damasco, os rebeldes afirmam que conquistaram a cidade de Daara, indicando um movimento de cerco à capital. Diante da ameaça, autoridades do Egito e da Jordânia solicitaram que Assad deixe o país e forme um governo no exílio. Nos últimos dias, familiares do ditador viajaram para a Rússia e para os Emirados Árabes Unidos.
O grupo rebelde, que já foi filiado ao grupo terrorista Al-Qaeda, afirmou estar fazendo um último apelo para que forças leais a Assad desertem. Em entrevista ao jornal The New York Times, o chefe do HTS, Abu Mohammad al-Jolani, afirmou que o objetivo do grupo é derrubar o governo e “libertar a Síria de um regime opressivo”.
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