Durante uma sessão do Subcomitê de Educação e Força de Trabalho da Câmara dos Representantes dos EUA, realizada na quarta-feira 8, administradores escolares dos Estados de Nova York, Maryland e Califórnia foram chamados para discutir acusações de antissemitismo em suas instituições.
Os congressistas expressaram preocupações sobre a tolerância a comportamentos antissemitas nas escolas.
Os representantes dos distritos escolares declararam que não toleram o antissemitismo e que implementaram medidas educativas e disciplinares para combater discursos que prejudicam o povo judeu.
No entanto, o presidente republicano do subcomitê, o congressista da Flórida Aaron Bean, destacou que foram registrados 246 atos antissemitas nos distritos desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, com incidentes que incluem estudantes imitando Hitler e dizendo frases como “matem os judeus”.
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Medidas educacionais
O responsável pelas escolas de Nova York, David Banks, admitiu a ocorrência de “incidentes inaceitáveis” e defendeu a educação como ferramenta essencial para combater o preconceito. Ele declarou que o “verdadeiro antídoto para a ignorância e o preconceito é ensinar”.
Apesar das declarações dos administradores escolares de que não endossam ideias antissemitas, houve inconsistências nas respostas sobre a demissão de professores envolvidos em tais atos.
A presidente do Conselho de Educação do Condado de Montgomery, Karla Silvestre, ao ser questionada, informou que nenhum professor foi demitido por acusações de antissemitismo, conforme reportado pela imprensa norte-americana.
Além disso, mencionou-se que o problema do antissemitismo não se limita apenas ao ensino fundamental e médio, mas também tem sido observado em instituições de ensino superior nos Estados Unidos.
“O antissemitismo é repugnante em todas as suas formas”, disse o congressista republicano Bean. “E se tornou uma força tão dominante nas escolas de ensino fundamental e médio que alunos da 2ª série em toda a América [do Norte] estão disseminando propaganda nazista.”
O conservador lançou uma pergunta aos participantes da sessão: “Quem está influenciando essas mentes jovens a atacar pessoas judias?”.