O presidente da Argentina, Javier Milei, conseguiu manter seu veto a uma lei, aprovada no Congresso anteriormente, que destinava financiamento para as universidades públicas. A manifestação sobre o veto do presidente ocorreu na Câmara de Deputados, nesta quarta-feira, 9.
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A proposta, que visava a recompor o orçamento e os salários afetados pela inflação, não obteve os dois terços de apoio necessários da oposição presente para continuar em processo legislativo.
Ao todo, foram 160 votos contrários e 84 favoráveis ao veto. Houve, ainda, cinco abstenções de deputados presentes. Outros sete não compareceram.
As decisões de Milei sobre universidades e as reações dos estudantes
Estudantes de diversas instituições, entre elas, a Universidade de Buenos Aires (UBA), reagiram à decisão com invasões. Além disso, algumas casas de ensino anunciaram paralisações, programadas para começar nesta quinta-feira,10. Segundo elas, a motivação seria a defesa do financiamento público e dos salários.
A lei, aprovada nas duas Casas do Congresso, previa atualizações bimestrais na verba destinada a cerca de 60 universidades, além de ajustes retroativos nos salários dos trabalhadores universitários. Os valores levariam em consideração a inflação acumulada.
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Apesar de manifestações contrárias, Milei justificou o veto ao afirmar que “o aumento no orçamento comprometeria seu plano de déficit zero”, com estimativas de impacto de 0,14% do PIB.
Na noite anterior à votação, o governo anunciou um aumento de 6,8% nos salários dos docentes, mesmo sem um acordo formal. De acordo com dados da Federação Nacional dos Docentes Universitários, os salários aumentaram 76% em agosto, enquanto a inflação no mesmo período foi de 94,8%.
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Este é o segundo veto de Milei que gera descontentamento na Argentina. Anteriormente, ele também havia vetado a recomposição das aposentadorias.
É simples: Se ele veta e o congresso não consegue maioria para derrubar o veto, , é porque ele tinha razão.
O que vale é :Primeiramente colocar as coisas em ordem.
Ele está certo.
Primeiro arrumar a casa, depois tenta-se recompor o resto.
Está cada vez mais claro, se deixarem, esse cara vai colocar a Argentina nos eixos…
Aqui também precisa de rigidez contra a militância dos estudantes profissionais nas universidades públicas.