Em artigo publicado na Edição 96 da Revista Oeste, Brendan O’Neill escreve sobre a política autoritária adotada pela China no combate à covid. De acordo com o colunista, os países ocidentais, supostamente favoráveis às liberdades, acabaram reproduzindo os mesmos comportamentos observados em Pequim.
Leia um trecho
“Imagine uma nação em tamanho estado de sofrimento que seus cidadãos foram reduzidos a fazer escambo de alimentos. Uma nação em que as mulheres estavam tão desesperadas para ter algo para cozinhar que começaram a trocar absorventes por vegetais. Uma nação em que famílias estavam com tanta fome que trocavam cigarros por repolho. Esse país na verdade existe. E não é uma das nações pobres, às vezes famintas, do sul global. É a China. Mais precisamente, a China sob a política da ‘covid zero’. Se você quiser ser testemunha do inferno da “covid zero”, a insanidade distópica de submeter todos os aspectos da vida à cruzada contra o coronavírus, basta olhar para o país onde o vírus surgiu.
O escambo por comida e outros itens básicos está ocorrendo na cidade de Xi’an, noroeste da China. Houve um aumento de infecções por covid-19 na comunidade de Xi’an, e as autoridades reagiram com um feroz autoritarismo. Em 23 de dezembro, 13 milhões de pessoas foram confinadas em casa. Inicialmente, elas só podiam sair a cada dois dias para comprar alimentos, mas até mesmo esse vestígio mínimo de liberdade foi eliminado em 27 de dezembro. A partir de então, a população de Xi’an ficou literalmente em prisão domiciliar. Eles não podiam sair de seu local de residência por nenhum motivo, nem mesmo para comprar comida. Sim, 13 milhões de pessoas confinadas em casa. Se colocassem o pé para fora, corriam o risco de ser presas.”
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Revista Oeste
A Edição 96 da Revista Oeste vai além do artigo de Brendan O’Neill. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Silvio Navarro, J.R. Guzzo, Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Caio Copolla, Gabriel de Arruda Castro, Cristyan Costa, Luis Kawaguti, Bruno Meyer, Dagomir Marquezi, Pedro Henrique Alves e Flávio Roscoe.
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