Ações coordenadas com o governo britânico e a situação econômica delicada, tornam a independência escocesa cada vez mais improvável
Primeira-ministra da Escócia desde 2014, Nicola Sturgeon, ficou conhecida por buscar sempre um caminho alternativo a aquele buscado pelo governo britânico. Buscando diferenciar a Escócia ao resto do Reino Unido.
Mas as coisas mudaram. Ao longo da pandemia, Nicola busca enfatizar o trabalho coordenado e conjunto feito com o governo central, de acordo com a revista The Economist.
Ao contrário de muitos nacionalistas escoceses, que afirmam que a Escócia estaria lidando melhor com o coronavírus se fosse independente, a primeira-ministra afirmou que a pandemia torna um segundo referendo para a independência irrealista a médio prazo.
O principal motivo é econômico. A ideia defendida pelo Partido Nacionalista Escocês (SNP), de Nicola Sturgeon, no referendo de 2014 de que o país seria mais rico sozinho, foi duramente abalada pela queda do preço internacional do petróleo. Enquanto o déficit do Reino Unido está em 1,1% do PIB, o da Escócia está em 7%. Isso inviabiliza o discurso do SNP que a independência teria um custo econômico mínimo.
Em 18 de setembro de 2014, por 55,30% a 44,70%, os escoceses decidiram em um referendo permanecer no Reino Unido. Após o referendo do Brexit, em 2016, Nicolas Sturgeon e o SNP lançaram uma campanha para um segundo referendo.