Idas e vindas de posicionamentos fazem organização conviver com briga interna
Depois de uma de suas integrantes afirmar que a transmissão de covid-19 por pessoas assintomáticas era “muito rara”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prossegue com embates internos. Nesta quarta-feira, 10, mais um médico da entidade criticou o discurso feito por Maria Van Kerkhove, chefe do programa de emergências.
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Representante da Itália na OMS, o médico Walter Ricciardi não poupou palavras para avaliar o conteúdo exposto na última segunda-feira. Para ele, a fala de Van Kerkhove representa uma “resposta precisa e equivocada”. De acordo com ele, a colega de organização deveria explicar que há pessoas que jamais apresentam sintomas, mas há quem ainda esteja na fase “pré-sintomática”.
“Transmissão por pré-sintomáticos é típica desse vírus”
“A transmissão por pré-sintomáticos é típica desse vírus, o que o diferencia da Sars e da Mers”, afirmou o italiano que é médico da OMS. Ricciardi não afirmou, contudo, se os assintomáticos transmitem — ou não — o vírus da covid-19 no mesmo grau de intensidade. “Em um mês, [o coronavírus] se difundiu por todo o mundo, enquanto outras pandemias levaram seis meses ou um ano”, prosseguiu.
Discurso desautorizado
Italiano, o médico da OMS Walter Ricciardi não foi o único a criticar a fala de Maria Van Kerkhove no começo da semana. Anteriormente, o diretor Michael Ryan havia, entre outras palavras, desautorizado o discurso da colega. Algo que fez com que Oeste registrasse que a organização se viu obrigada a desmentir a si mesma. Nesse sentido, ele deu a entender que a integrante da entidade havia repassado informação imprecisa. Ele afirmou que, sim, assintomáticos transmitem o vírus. “A questão é saber quanto”, registrou.
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Com informações da agência de notícias Ansa.
Vamos combinar: ao indicar a recomendação da OMS, é preciso informar o dia.
Alguém ainda acredita na OMS?? E depois o “louco” é o Bolsonaro.