A reunião do governo com líderes partidários nesta segunda-feira, 13, desenvolve uma fase importante da articulação política no atual período de enfrentamento ao coronavírus. Não apenas na interlocução com lideranças do Senado, que tem fluido mais naturalmente desde a votação do popularmente conhecido veto 52/2019, que tratava da impositividade para emendas do relator-geral do Orçamento no valor de cerca de R$ 30 bilhões.
A articulação com lideranças da Câmara também evolui. E tem como diretriz movimentos que o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz. Na última quarta-feira,8, por exemplo, ele recebeu no Palácio do Planalto os líderes do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB), e no Senado, Jorginho Mello (SC).
O processo capitaneado por Bolsonaro tem ajudado a melhorar a relação com parte do Parlamento e isso se reflete no trabalho da articulação política capitaneada pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Na ponta, no Congresso, a interlocução é executada pelos líderes do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), e no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO).
O diálogo aberto com parlamentares agrada governistas. Eles veem nisso uma oportunidade de desenvolver uma agenda conjunta e evitar que o Congresso vote apenas pautas da Câmara ou do Senado. Na terça-feira passada, 7, por exemplo, deputados votaram apenas matérias de interesse da Casa. O governo sabe que as duas Casas não votarão sempre matérias de seu interesse, por isso, a ideia é alinhar uma agenda que compreenda um meio termo.
Se sobreviver à investida dos conspiradores que tentam usar a pandemia para golpear, entendo que o presidente vai partir para alianças visando as próximas eleições e a continuidade do governo. Com o DEM não deu. Parece que se caminha para o MDB, novamente!!!