Projeto recolhe doações pela internet e possibilita a ampliação dos diagnósticos na maior favela do Brasil
Uma ONG está oferecendo testes gratuitos na Rocinha, no Rio de Janeiro, para a detecção do novo coronavírus. A tentativa é ampliar o controle da propagação da doença na maior favela do Brasil.
O projeto Favela sem Corona foi criado pelo ex-morador Pedro Berto, estudante de administração de 29 anos. Em entrevista à agência France-Presse, ele disse que o governo está testando quem está “muito mal”, o que impede a monitoração do vírus e a criação de estratégias realmente efetivas.
Os recursos captados para a compra dos kits vieram por meio de contribuições pela internet. Para ser testado, o morador só precisa ir até uma clínica particular da favela e fazer um exame de sangue. O resultado sai em 24 horas.
Em caso de resultado positivo para a covid-19, se o paciente tiver sintomas leves, faz quarentena domiciliar. Mas, se apresentar sintomas mais acentuados, é orientado a procurar um centro de saúde.
O balanço oficial mais recente registrou 36 casos confirmados e três mortos nessa comunidade com mais de 100 mil habitantes.
A quarentena traz um problema adicional para muitos moradores da favela, que dependem da economia informal para se sustentar. Ficando em casa e sem clientes nas ruas, muitas pessoas viram sua renda minguar dramaticamente.
Além da Rocinha, o projeto Favela sem Corona prevê o envio de testes a outras comunidades carentes do Rio de Janeiro.
Tem como publicar no corpo do artigo as informações para fazermos doações para este projeto? Grata!