Uma gangue armada invadiu uma prisão de Porto Príncipe, capital do Haiti, e libertou 4 mil detentos no último sábado, 2. Os invasores estavam monitorando a penitenciária desde a quinta-feira 29. Diante da violência na cidade, o governo do Haiti decretou toque de recolher para “restabelecer a ordem e tomar as medidas adequadas a fim de recuperar o controle da situação”.
O toque de recolher vai vigorar entre as 18h e as 5h, até quarta-feira. A medida não afeta membros das forças de segurança em serviço, bombeiros, condutores de ambulâncias, pessoal médico nem jornalistas devidamente identificados.
De acordo com o jornal haitiano Gazette d’Haïti, entre os prisioneiros que fugiram estão “membros importantes de gangues muito poderosas”. A agência de notícias Reuters informou que no domingo não havia sinais de policiais na penitenciária, que estava com seus principais portões abertos.
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O número exato de fugitivos ainda não foi informado, mas estima-se que se aproxime da totalidade dos detentos. A penitenciária, construída para comportar 700 presos, abrigava 3,6 mil em fevereiro do ano passado, segundo a organização Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos.
Ao menos dez pessoas morreram no episódio. Um funcionário da penitenciária contou à imprensa que 99 presos decidiram permanecer em suas celas por medo de serem mortos no tiroteio. Entre eles, estão os mercenários colombianos presos por suposto envolvimento no assassinato do presidente Jovenel Moïse, morto em 2021.
Capital do Haiti vive onda de violência
A fuga ocorreu depois de dias de violência nas ruas da capital, em ações lideradas pelo traficante e ex-policial Jimmy Chérizier. O apelo dele é para que as facções se unam para derrubar o primeiro-ministro, Ariel Henry. Chérizier, mais conhecido como “Barbecue” (churrasco, na tradução do inglês), lidera o grupo G9, uma aliança de gangues que controla cerca de 80% de Porto Príncipe
Barbecue está por trás de vários massacres na cidade, de acordo com a imprensa local e jornalistas que acompanham a situação no Haiti. Na última semana, ele orientou moradores locais a impedirem crianças de irem à escola para “evitar danos colaterais”, à medida que a violência aumentava. Quase 15 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas nos últimos dias, e dez locais que acolhem pessoas deslocadas internamente foram esvaziados no fim de semana, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU.
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O paradeiro de Henry é desconhecido. O premiê deveria retornar no domingo 3 de uma visita ao Quênia, onde assinou um acordo de segurança para combater a violência das gangues. No ano passado, o país africano se voluntariou para liderar uma força de segurança internacional na nação caribenha.
O primeiro-ministro, que chegou ao poder em 2021, depois do assassinato do último presidente do país, Moïse, já havia prometido renunciar ao cargo no início de fevereiro, mas isso não aconteceu. Depois, ele disse que a segurança deveria primeiro ser restabelecida para garantir eleições livres e justas.
O último pleito presidencial no Haiti foi em 2016. Em janeiro, a ONU afirmou que mais de 8 mil pessoas foram vítimas da violência de gangues no Haiti no ano passado. Isso é mais do dobro dos números registrados em 2022.
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Gleisi Hoffman deveria ir para lá se unir à baderna, se não fosse covarde. Talvez caísse na real e parasse de mentir.
Este assunto nunca será resolvido no Haiti, a menos que uma mão forte consiga governar.
Mas a quantidade de corrupção é tanta, que não existe nenhum vislumbre no horizonte.
O Haiti é aqui. Em pouco tempo veremos o mesmo filme no Brasil. Os donos do poder estão trabalhando celeremente pra isso acontecer.
Por aqui, os que não são soltos pela própria justiça, “fogem” dos presídios de insegurança máxima.
Porque será que tem tantas pessoas do Haiti vindo para o Brasil, já estamos quase chegando lá, mas antes vamos fazer um estágio com a Venezuela.