O deputado democrata Bennie Thompson, membro do Comitê de Segurança Interna norte-americano, propôs uma lei, em abril deste ano, que pode retirar a proteção do Serviço Secreto do ex-presidente Donald Trump.
A proposta mira qualquer pessoa que tenha condenação por crime grave e pena de prisão, o que impacta diretamente ex-presidentes dos Estados Unidos.
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A Lei de Ex-Protegidos Desonrados (HR 8081) reformaria a missão do Serviço Secreto ao terminar automaticamente a proteção para aqueles que receberam sentença de prisão depois de condenação por crime federal ou estadual.
Lei de Negação de Seguranç… by tauanycattan
A responsabilidade pela proteção desses indivíduos passaria às autoridades prisionais.
Lei proposta por democrata pode afetar Donald Trump
Para Thompson, é “necessário” atualizar a lei para que o “povo americano possa ter a certeza de que o status de proteção não se traduz em tratamento especial”.
“Infelizmente, a lei atual não prevê como a proteção do Serviço Secreto impactaria a sentença de prisão de um protegido, mesmo um ex-presidente”, acrescenta o democrata.
Desde 1901, o Serviço Secreto dos EUA tem a missão de proteger presidentes, ex-presidentes, outros altos funcionários e membros selecionados de suas famílias contra danos.
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Periodicamente, o Congresso reformou essa missão protetora. Muitas vezes em resposta a circunstâncias urgentes, como o assassinato do senador Robert F. Kennedy, em 1968.
Esta medida se aplicaria a Donald Trump e a qualquer protegido do Serviço Secreto condenado e sentenciado sob acusações de crime grave.
Urgência atual e contexto histórico
As 91 acusações criminais federais e estaduais contra Donald Trump criaram uma nova urgência que o Congresso deve abordar.
A alegação do democrata é que a nova lei evitaria que a proteção do Serviço Secreto interferisse no processo judicial criminal e na administração da Justiça.
A lei atual autoriza a proteção do Serviço Secreto para alguns atuais e ex-funcionários com cargos de elevada hierarquia e seus familiares.
O que se sabe sobre o atentado contra Donald Trump
Donald Trump sofreu um atentado neste sábado, 13, às 18h (horário local). Ele foi atingido por disparos durante um comício na cidade de Butler, no Estado da Pensilvânia.
O candidato ao retorno da presidência do país ficou com a orelha ferida, foi atendido por médicos e passa bem. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, morreu logo em seguida.
Disparos contra Trump
O ex-presidente discursava em um evento na cidade de Butler, quando a multidão ouviu barulhos de tiros.
No momento, foi possível ver Donald Trump com um ferimento na orelha enquanto terminava de falar. Imagens mostram ele colocando a mão na orelha e abaixando-se, enquanto seguranças o escoltavam e o retiravam do palco.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump precisou ser retirado do palco durante um comício no Estado norte-americano da Pensilvânia, neste sábado, 13, depois de fortes barulhos de tiros.
O incidente ocorreu na cidade de Butler e contou com a rápida ação do Serviço… pic.twitter.com/nYYdau7lCb— Revista Oeste (@revistaoeste) July 13, 2024 Leia mais
Antes de sair do local, o ex-presidente dos EUA ergueu um dos braços com o punho fechado para o público. As autoridades levaram Trump até o seu veículo para receber atendimento de médicos no hospital, o que causou a paralisação do comício.
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Conforme o jornal norte-americano Washington Post, o promotor distrital informou que duas pessoas morreram durante o atentado, o atirador e um apoiador de Donald Trump.
Até o momento, não se sabe o nome e o sexo da vítima apoiadora do Republicano.
O Serviço Secreto dos EUA também confirma que, além das duas mortes, outras duas pessoas estão “gravemente feridas”. O órgão, contudo, não forneceu mais informações sofre quem precisou de atendimento médico.
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O Serviço Secreto informou que uma investigação sobre o caso está em curso. “Esta é agora uma investigação ativa e mais informações serão divulgadas quando disponíveis”, disseram.