O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, explicou, em entrevista ao programa de televisão CBS Sunday Morning, sua decisão de se retirar da disputa à Casa Branca em novembro. O conteúdo foi ao ar neste domingo, 11.
O democrata afirmou que as pesquisas indicavam uma disputa acirrada, o que gerou temores dentro do partido. Sem o presidente na briga pela reeleição, o Partido Democrata escalou a vice Kamala Harris para enfrentar o republicano Donald Trump.
“O que aconteceu foi que meus colegas democratas na Câmara e no Senado pensaram que eu iria prejudicá-los nas disputas”, disse o presidente dos EUA, ao jornalista Robert Costa. “E eu estava preocupado que, se eu continuasse, esse seria o caso.”
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Biden declarou ainda que, quando concorreu à Presidência pela primeira vez, em 2020, ele se via como um “presidente de transição”. Na entrevista, o democrata ressaltou que “as coisas mudaram depressa e isso não ocorreu”.
Além disso, Biden afirmou que sua retirada da corrida eleitoral era uma forma de manter o atual regime de governo norte-americano. “A questão crítica para mim ainda é — e não é brincadeira — manter essa democracia”, declarou. “Pensei que era importante.”
“Embora seja uma grande honra ser presidente, acho que tenho uma obrigação com o país de fazer a coisa mais importante”, prosseguiu o presidente. “E isso é: nós devemos, devemos, devemos derrotar Trump.”
Biden critica Trump
Na entrevista, Biden afirma que não acredita que Donald Trump vai aceitar o resultado da eleição em novembro. Indagado se estava confiante em uma passagem de poder pacífica em janeiro de 2025, ele aproveitou para criticar o membro do Partido Republicano.
“Se Trump vencer não, não estou confiante”, disse Biden. “Quero dizer, se Trump perder, eu não estou nem um pouco confiante.”
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado