Um ano depois da morte de Matthew Perry, de 54 anos, ator que interpretou Chandler em Friends, a polícia norte-americana ainda investiga o caso.
Até o momento, cinco pessoas foram presas, acusadas de estarem ligadas à morte de Perry. Dessas, três se declaram culpadas, entre eles o médico Mark Chavez, que afirmou ter fornecido cetamina ao artista.
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Também se entregaram à polícia o assistente Kenneth Iwamasa, que afirmou ter injetado a droga no ator sem treinamento médico e Erik Fleming, conhecido de Perry, que alega ter comprado 50 frascos da substância e os repassado para Iwamasa.
Os outros dois acusados, o médico Salvador Plasencia e Jasveen Sangha, conhecida como “rainha da cetamina”, afirmam ser inocentes.
Segundo o procurador Martin Estrada, os médicos forneceram ao ator uma grande quantidade da substância e questionaram quanto ele estaria disposto a pagar.
“Esses réus aproveitaram-se dos problemas de dependência do sr. Perry para enriquecer”, disse Estrada. “Eles sabiam que o que estavam fazendo era errado.”
As autoridades afirmaram ainda que a investigação sobre a morte de Matthew Perry acabou dando luz a uma “ampla rede criminosa” de traficantes de drogas.
Relembre a morte de Matthew Perry
O ator Matthew Perry foi encontrado morto por Iwamasa, que morava com ele, em uma banheira de hidromassagem.
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A autópsia mostrou que o ator estava em terapia de infusão de cetamina, mas a substância em seu sangue não veio de sessões terapêuticas, já que a última havia sido realizada havia mais de uma semana.
“Com os altos níveis de cetamina encontrados em suas amostras de sangue, os principais efeitos letais seriam tanto da superestimulação cardiovascular quanto da depressão respiratória”, descreve o relatório.
O exame também encontrou sedativos no corpo de Perry e destacou outros fatores que contribuíram para a morte, considerada acidental.
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Entre eles, está o próprio afogamento na banheira, a presença de doença arterial coronariana e os efeitos da buprenorfina, usada para tratar o transtorno por uso de opioides.
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia, intitulada Friends, Lovers and the Big Terrible Thing, na qual falou sobre seu vício em drogas e período em que esteve em uma clínica de reabilitação.
“Existe um inferno”, escreveu Perry. “Não deixe ninguém para lhe dizer o contrário. Eu estive lá. Isso existe. Fim de discussão.”