Nesta segunda-feira, 10, o governo da Alemanha descartou a convocação de eleições antecipadas. O pronunciamento ocorre depois da dissolução do Parlamentro da França pelo presidente Emmanuel Macron.
“A data normal das eleições é no próximo outono [segundo semestre de 2025]”, disse Steffen Hebestreit, porta-voz do governo alemão, em uma conferência de imprensa. “E é isso que planejamos fazer.”
Assim como na França, os partidos da coalizão de governo liderada por Olaf Scholz foram superados pela direita nas eleições locais para o Parlamento Europeu. O Partido Social-Democrata (SPD) de Scholz obteve seu pior resultado na história, com apenas 14% dos votos, segundo a contagem preliminar. A Alternativa para a Alemanha (AfD) conquistou cerca de 16% dos votos.
A coalização mais votada foi a CDU-CSU, da ex-chanceler Angela Merkel, com cerca de 30%. Os partidos da coalizão governista de Scholz ficaram ainda mais atrás: Os Verdes obtiveram 12% dos votos, e o Partido Liberal teve apenas 5%.
Reações da oposição da Alemanha
O resultado na França gerou apelos da oposição na Alemanha para que Scholz siga o exemplo de Macron. Alice Weidel, colíder da AfD, declarou que a Alemanha votou pela saída do chanceler e pela queda do governo.
“Agora resta apenas uma tarefa para Scholz: abrir caminho para novas eleições – em vez de governar por mais um ano contra uma grande maioria da população”, escreveu Weidel no Twitter/X.
Markus Soeder, líder dos conservadores na Baviera, também pediu novas eleições o mais rapidamente possível. Ele afirmou que a coalizão tripartida “já não tem o apoio da população”, incentivando a Alemanha a seguir os passos da França.
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