A Coreia do Sul e os Estados Unidos começaram exercícios navais no Mar do Japão nesta segunda-feira, 26, um dia depois de a Coreia do Norte disparar um míssil balístico não identificado que caiu naquela região.
“Esse exercício foi preparado para demonstrar a forte vontade da aliança da Coreia do Sul com os EUA de responder às provocações norte-coreanas”, informou a Marinha sul-coreana, em nota.
Os exercícios militares mobilizam mais de 20 navios, incluindo o porta-aviões norte-americano USS Ronald Reagan, e um número não informado de aeronaves. Durante quatro dias, os militares dos dois países vão fazer simulações de combate naval e guerra antissubmarino, manobras táticas e outras operações marítimas, segundo a Marinha sul-coreana. Os dois aliados insistem que são manobras puramente defensivas, mas a Coreia do Norte sustenta que os exercícios são ensaios para uma futura invasão de seu território.
Esses exercícios começam no dia seguinte a um teste de mísseis balísticos da Coreia do Norte, o mais recente de uma longa série iniciada há vários meses. A guarda costeira do Japão confirmou, no domingo 25, o possível lançamento de um míssil, citando informações do Ministério da Defesa, e pediu aos comandantes de embarcações que se mantenham atentos naquela região.
Sob sanções internacionais pelos programas atômicos, o governo norte-coreano, em setembro, anunciou que jamais abandonará as armas nucleares.
No mês passado, os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizaram os maiores exercícios militares conjuntos desde 2018. O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, no cargo desde maio, pretende fortalecer a aliança militar com os EUA depois do fracasso das tentativas de aproximação diplomática com Kim Jong-um, o ditador norte-coreano. Com 28,5 mil soldados norte-americanos na Coreia do Sul, os EUA são o principal aliado na área de segurança contra a ameaça nuclear da Coreia do Norte.