É ponto pacífico que os dinossauros eram criaturas fascinantes. Contudo, segundo os cientistas, eles não corriam, pulavam e davam cambalhotas como Hollywood quer que acreditemos. Outro ponto pacífico sobre os lagartos terríveis — como está na etimologia do nome dinossauro — é que eram animais imensos. Algumas espécies chegavam a medir dezenas de metros de altura. Uma descoberta paleontológica na China anunciada recentemente apresentou um dinossauro cujo pescoço era tão comprido quanto um ônibus de dois andares. A criatura viveu na China há 162 milhões de anos.
Os paleontólogos afirmam que o saurópode do Jurássico, que recebeu o nome de Mamenchisauros sinocanadorum, tinha potencialmente o pescoço mais longo que qualquer animal que já existiu: 15 metros de comprimento. A título de comparação, este dinossauro tinha o pescoço seis vezes mais longo do que o pescoço de uma girafa adulta.
Os fósseis do animal foram descobertos em rochas de 162 milhões de anos na região autônoma de Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, em 1987. No entanto, resultados mais detalhados dos estudos sobre o animal só foram divulgados nos últimos dias. Curiosamente, os maiores tipos da espécie são também os mais misteriosos, isto porque é extremamente difícil para um animal imenso ser enterrado em sedimentos, que é o estágio inicial necessário para que a fossilização aconteça.
Graças à descoberta de esqueletos extraordinariamente completos de parentes próximos do Mamenchisaurus os cientistas puderam estimar com maior precisão o real comprimento do seu pescoço. Ele tinha 15,1 metros de comprimento, o mais longo de qualquer saurópode conhecido. O principal autor do estudo, o acadêmico Andrew Moore, da Stony Brook University salienta que uma questão ainda encoberta é como animais com pescoços tão longos respiravam. O estudo original foi publicado no Journal of Systematic Paleontology.
É muito bom e enriquecedor ler uma matéria sobre ciências sem o sensacionalismo e erros científicos crassos que os outros veículos de informação transmitem. São matérias como essa que contribuem para uma divulgação científica clara e eficaz.
Parabéns ao Vitor Marcolin pela matéria e a Revista Oeste pelo serviço de divulgação científica.
162 milhões de anos??? Ok, uma pergunta: Como, com que meios, utilizando qual método chegaram a essa conta? Pura especulação, até quando vamos aceitar esse tipo de informação sem questionar!?
Muito grato pelo comentário sincero e elogioso, Denis! Vamos continuar a fazer um trabalho sério e responsável.