Os desertos no norte da Arábia Saudita amanheceram cheios de neve nos últimos dias. Esta é a primeira nevasca já registrada na história da região, conhecida por suas altas temperaturas. Moradores e turistas aproveitaram a situação para capturar fotos e vídeos do fenômeno meteorológico inédito.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
As temperaturas no Deserto de Al-Nafūd, uma das regiões atingidas, têm uma média de 17°C no começo de novembro. Durante o verão, a máxima chega a 55°C. Por causa do clima árido do deserto, a área recebe em média apenas 1,2 cm de chuva por mês.
A nevasca acontece logo depois da região de Al-Jawf ser varrida por eventos climáticos extremos desde a última quarta-feira, 6. Na ocasião, chuvas torrenciais e tempestades de granizo cobriram as montanhas secas com camadas de gelo e neve.
Meteorologistas associaram o clima incomum a um sistema de baixa pressão que se deslocou do Mar da Arábia para Omã, que trouxe ar carregado de umidade para a região. Isso provocou tempestades, granizo e chuvas em partes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.
Os desertos ao norte da Arábia Saudita amanheceram cheios de neve nos últimos dias. Esta é a primeira nevasca já registrada na história da região, conhecida por suas altas temperaturas. pic.twitter.com/VMhrYI2Lpo
— Revista Oeste (@revistaoeste) November 11, 2024
O Centro Nacional de Meteorologia dos Emirados Árabes Unidos explicou que o movimento do sistema de baixa pressão desencadeou uma mudança acentuada nos padrões climáticos. O Departamento Meteorológico Saudita, por sua vez, alertou sobre a previsão de mais tempestades, chuvas intensas e ventos fortes na região.
Arqueólogos encontram cidade com mais de 4 mil anos na Arábia Saudita
Um grupo de arqueólogos encontrou evidências de uma cidade que existiu há 4 mil anos em Khaybar, um oásis na região noroeste da Arábia Saudita. O sítio arqueológico recebeu o nome de al-Natah.
Leia mais:
Um muro antigo com quase 15 quilômetros de comprimento levou à descoberta dos restos das estruturas de al-Natah. O achado é fruto de uma pesquisa do arqueólogo francês Guillaume Charloux.
De acordo com o especialista, alguns achados mostram que o muro está “organizado em torno de um habitat”. Charloux acredita que a cidade chegou a abrigar até 500 moradores e sua construção teve início a cerca de 2,2 mil anos antes de Cristo — ou seja, há mais de 4 mil anos.
Leia também: “A nova mentira dos ecoterroristas”, artigo de Ricardo Felicio publicado na Edição 165 da Revista Oeste
Temos que combater o aquecimento global.