O ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, afirma não acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, tentará se vingar do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin.
Recentemente, o exército mercenário se rebelou contra o Ministério da Defesa da Rússia. Isso gerou desconforto no Kremlin.
“Tenho certeza que Prigozhin está livre”, afirmou Lukashenko. “Conversamos várias vezes por telefone. Ontem, depois do almoço, conversamos com ele por telefone e apenas discutimos novas ações do Wagner.”
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Durante uma coletiva de imprensa, realizada em Minsk, capital de Belarus, o ditador disse: “O que acontecerá com Prigozhin a seguir? Bem, tudo acontece na vida. Mas, se você acha que Putin é tão malicioso e vingativo que vai ‘matar’ Prigozhin amanhã,… Não, isso não vai acontecer”.
“Você [jornalista que fez a pergunta] tem de entender que Putin conhece Prigozhin muito melhor do que eu, e o conhece há mais tempo do que eu, cerca de 30 anos, já que ambos viveram e trabalharam em São Petersburgo”, comentou o ditador de Belarus. “Eles tinham relações ótimas um com o outro, talvez até mais do que isso.”
Onde está Yevgeny Prigozhin, o líder do Grupo Wagner?
Ainda durante a rebelião, Putin e Prigozhin chegaram a um acordo. Logo depois, o Kremlin confirmou o exílio de Prigozhin em Belarus.
O paradeiro do líder do grupo mercenário, no entanto, permanece um mistério. Um projeto independente de monitoramento militar bielorrusso disse que um jato executivo de Prigozhin supostamente aterrissou próximo de Minsk, na manhã de 27 de junho.
Entretanto, Lukashenko não abordou o destino de Prigozhin durante a coletiva desta quinta-feira.
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