Estados Unidos e Europa registraram queda na atividade comercial em agosto, segundo reportagem publicada nesta terça-feira, 23, pelo The Wall Street Journal. A invasão da Ucrânia pela Rússia, que atrapalhou as cadeias de suprimentos, fez o crescimento econômico global desacelerar.
As empresas norte-americanas, por exemplo, relataram uma queda acentuada nos negócios. O declínio foi liderado por empresas de serviços, embora a manufatura também tenha desacelerado. A inflação alta, a escassez de material, os atrasos nas entregas e os aumentos das taxas de juros contribuíram para o mau desempenho da atividade comercial.
O índice que mede a atividade nos setores de manufatura e serviços foi de 45 em agosto, ante 47,7 em julho. Isso marcou o segundo mês consecutivo com queda e também o número mais baixo desde maio de 2020, no início da pandemia de coronavírus. Uma leitura abaixo de 50 indica contração, enquanto uma leitura acima desse nível mostra crescimento.
A economia dos EUA caiu em dois trimestres consecutivos, embora o crescimento do número de pessoas empregadas continue acelerado. A inflação está perto de bater recordes, apesar do leve arrefecimento do índice em julho.
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Velho Continente
Na Europa, a atividade comercial caiu pelo segundo mês consecutivo. Houve um aumento nos preços de energia, em virtude da incerteza sobre a disposição da Rússia de manter sua oferta de gás natural aos países do continente.
A economia da Zona do Euro também foi atingida pelas consequências da invasão russa à Ucrânia. Os preços da energia e dos alimentos derrubaram o poder de compra das famílias e diminuíram as margens de lucro das empresas.
Por enquanto, o salto de inflação ainda não inviabilizou a recuperação econômica dos países europeus. A reabertura de setores da economia que estavam total ou parcialmente fechados durante grande parte de 2021 levou a uma aceleração do crescimento econômico no segundo trimestre deste ano.
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