Josep Borrell demostra preocupação especial com a América Latina
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A pandemia de coronavírus deixou a economia mundial “em coma induzido” para “preservar a saúde do paciente”. A afirmação foi dada pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, nesta segunda-feira, 25.
Para ele, o cenário pode levar a uma “crise da balança de pagamentos” na América Latina.
“A economia mundial está em coma induzido (…) para preservar a saúde do paciente, mas isso tem consequências importantes para a atividade, o emprego e a balança de pagamentos. Estamos muito preocupados com isso”, frisou Borrel.
Em entrevista à agência France-Presse, o espanhol, cuja chegada em dezembro à diplomacia europeia aprofundou o interesse pela América Latina, também abordou o “impasse” nos esforços para resolver a crise na Venezuela.
Borrell lamentou que, “na Europa, as pessoas não estão cientes” do alcance da crise migratória de venezuelanos, na véspera de uma conferência de doadores para ajudar esses migrantes e os países de acolhida.
Questionado sobre a possibilidade de uma moratória do pagamento das dívidas de países da América Latina, como proposto para os da África, Borrell disse que a resposta cabe aos credores, especialmente “organizações financeiras internacionais”.
A pandemia “pode afetar os países de desenvolvimento médio na forma de uma nova crise na balança de pagamentos”, alertou. “E, na América Latina, existem, infelizmente, alguns países candidatos a sofrer esse tipo de crise”, declarou, sem citar quais.