O partido de direita Liga, comandado pelo vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini, apresentou um projeto para revogar a entrada da Itália na Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira, 23.
A medida segue os passos dos Estados Unidos, que anunciaram a mesma decisão depois da posse de Donald Trump como presidente do país.
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A proposta foi apresentada durante uma coletiva de imprensa organizada na Câmara dos Deputados da Itália, com a participação do deputado Alberto Bagnai, do senador Claudio Borghi e do cirurgião Roy De Vita.
“Apresentamos uma emenda no Senado que, caso seja aceita, permitiria a saída imediata do nosso país da OMS”, disse Borghi. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que ele seja pautado o mais rapidamente possível.”
Borghi também criticou a OMS. Para ele, a organização é “um centro de poder desvinculado de qualquer interesse nacional” e se tornou “uma espécie de megafone das multinacionais farmacêuticas” e “de Bill Gates“.
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A Fundação Bill & Melinda Gates, coordenada pelo bilionário do setor da tecnologia, é a segunda maior doadora da OMS, atrás apenas dos Estados Unidos. Somente em fevereiro de 2020, por ocasião da pandemia da covid-19, a organização recebeu US$ 100 milhões dos cofres da fundação.
Segundo o projeto, o dinheiro que a Itália destina à OMS — cerca de € 100 milhões (mais de R$ 600 milhões) — deveria ser utilizado no Sistema Nacional de Saúde (sistema análogo ao SUS, no Brasil) ou para financiar pesquisas de saúde para a África.
“Se o mesmo montante que destinamos à OMS fosse levado diretamente para a África, com certeza a contribuição para os necessitados seria multiplicada por dez, porque ao menos não se sustentariam todos os salários de pessoas que têm, em média, um rendimento líquido de € 140 mil”, sustenta Borghi.
Itália segue os passos de Trump
Logo em seu primeiro dia de mandato, na última segunda-feira, 20, o recém-empossado presidente norte-americano, Donald Trump, emitiu um decreto no qual retira os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde.
Com isso, o novo presidente pretende encerrar a transferência de recursos do governo para a organização, bem como retirar todo o pessoal norte-americano que trabalhe na OMS e identificar possíveis novos parceiros para políticas de saúde, a fim de substituir a função da entidade.
Trump já havia anunciado a retirada do país da OMS em 2020, sob a acusação de condução desastrosa da pandemia de covid-19, da influência indevida sofrida pelo regime chinês e da contribuição considerada desproporcional pelos EUA.
“A China, com uma população de 1,4 bilhão de pessoas, tem 300% da população dos Estados Unidos, mas contribui com quase 90% menos para a OMS”, diz trecho do documento.
No entanto, o decreto que prevê a saída dos EUA da OMS foi revogado pelo presidente seguinte, o democrata Joe Biden. Desta vez, Trump anulou a revogação, o que tornou o primeiro decreto ainda válido.
Leia também: “Precisamos falar sobre a OMS”, artigo de Alexandre Borges publicado na Edição 03 da Revista Oeste
Parabéns Sra. Meloni…!
👹 extremista de esquerda , Georgia está de parabéns.
Fabiano vilas boas,Leo pinheiro estão chorando 🫏🦌