A Embaixada do Brasil em Beirute recomendou que os brasileiros residentes no Líbano deixem o país “por seus próprios meios, até o retorno à normalidade”. A recomendação ocorre em meio a uma escalada de tensão na região depois das eliminações dos terroristas Fuad Shukr, comandante militar do Hezbollah, e de Ismail Haniyeh, político do Hamas.
O Itamaraty destacou que o país abriga a maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio, com cerca de 22 mil pessoas. Além do Brasil, Estados Unidos, França e Reino Unido também orientaram seus cidadãos a saírem do território libanês imediatamente.
O comunicado da Embaixada do Brasil também aconselha que aqueles que planejam viajar para o Líbano cancelem seus planos. “Se você não estiver no Líbano, não viaje ao país”, destaca o texto.
Para os brasileiros que consideram essencial estar no Líbano, a orientação é evitar áreas no sul do país, fronteiras e outras regiões de risco conhecido. O documento ainda recomenda seguir todas as instruções de segurança das autoridades locais e evitar participar de reuniões e protestos.
EUA e Reino Unido pedem que cidadãos deixem o Líbano
Em meio às tensões no Oriente Médio, os governos dos EUA e do Reino Unido pediram no último sábado, 3, que seus cidadãos deixem o Líbano o mais rápido possível.
A expectativa é de “deterioração da situação na região”, em razão do risco crescente de uma guerra entre Israel e o Hezbollah. Os alertas sobre “consequências imprevisíveis” se multiplicaram desde sábado.
Na madrugada deste domingo, 4, o Hezbollah disparou dezenas de foguetes contra o norte de Israel.
Em uma postagem no Twitter/X, a Embaixada dos EUA em Beirute informou que as passagens aéreas estão se esgotando, mas recomendou que os norte-americanos adquiram “qualquer bilhete disponível” para deixar o Líbano.
“A Embaixada dos EUA em Beirute observa que várias companhias aéreas suspenderam ou cancelaram voos e muitos voos esgotaram; no entanto, as opções de transporte comercial para sair do Líbano permanecem disponíveis. Encorajamos aqueles que desejam partir do Líbano a reservar qualquer bilhete disponível, mesmo que esse voo não parta imediatamente ou não siga a rota de sua primeira escolha”, escreveu a Embaixada dos EUA em Beirute.
U.S. Embassy Beirut notes several airlines have suspended or cancelled flights, and many flights have sold out; however, commercial transportation options to leave Lebanon remain available. We encourage those who wish to depart Lebanon to book any ticket available to them, even…
— U.S. Embassy Beirut (@usembassybeirut) August 3, 2024
A embaixada afirmou, ainda, que aqueles que optarem por permanecer no Líbano devem “preparar planos de contingência” e estar prontos para “se abrigar no local por um longo período”.
O chanceler britânico David Lammy alertou para os riscos de permanecer no Líbano: “Minha mensagem para os cidadãos britânicos lá é clara: saiam já.” Segundo ele, “as tensões estão elevadas e a situação pode se deteriorar rapidamente”.
⚠ British nationals in Lebanon should leave now.
— Foreign, Commonwealth & Development Office (@FCDOGovUK) August 3, 2024
Border Force, consular officials and military personnel are being deployed to the Middle East to support British embassy staff.
🚨 If you are a British national in Lebanon, register for the latest information:… pic.twitter.com/yF9xHVtjAc
A situação piorou depois da morte de Ismail Haniyeh em Teerã. Tanto o Irã quanto o Hamas atribuem a morte a Israel, que ainda não se manifestou sobre o atentado. Aliado do Hamas e do Hezbollah, que tem sede no Líbano, o Irã prometeu vingança contra Israel.
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Não, não, não! Deixem nosso presidente passear (só mais um pouco do erário em vôos) por lá e sentar com seus amigos do Hezbollah, tomarem umas, depois mais umas. E mais umas. E chegarem à mesma paz que vivemos desde que a não-fraude chegou à presidência.