Uma equipe de cientistas fez uma nova reconstituição facial do faraó Tutancâmon, da 18ª Dinastia do Egito (1550 a.C. – 1295 a.C.), com base em dados da literatura biomédica e egiptológica. O processo ocorreu com a ajuda do software Blender 3D. O resultado do novo trabalho foi publicado na plataforma de trabalhos científicos ResearchGate, no mês passado.
Há brasileiros entre os autores da pesquisa: Cicero Moraes, designer 3-D do grupo Arc-Team, e Thiago Beaini, professor de odontologia-legal da Universidade Federal de Uberlândia.
Como os cientistas fizeram a reconstituição facial de Tutancâmon
Para que o processo fosse bem-sucedido, os pesquisadores precisavam de um crânio. Na sequência, a equipe procurou referências espaciais de Tutancâmon e utilizou a caixa craniana de uma tomografia computadorizada de um doador virtual.
A tomografia do crânio doado passou por uma deformação anatômica, na qual a estrutura óssea foi adaptada às configurações do crânio do faraó. Assim, o crânio doado se tornou um modelo utilizado na reconstituição facial.
Os cientistas usaram duas abordagens para essa aproximação. Uma mais objetiva, em preto e branco, e outra colorida, com especulações para o tom de pele do faraó, baseadas em dados de um comunicado sobre aproximações de Tutancâmon, feitas em 2005.