Os professores da Universidade Columbia Awi Federgruen e Ran Kivetz, depois de analisarem dados disponíveis, afirmam que há alimentos suficientes sendo fornecidos na Faixa de Gaza. Ao jornal The Jerusalem Post, eles negaram a acusação de que Israel é responsável pela fome na região.
Segundo eles, o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Organização das Noações Unidas (ONU) se uniram ao Hamas ao culpar Israel por uma “fome que nunca existiu”, na tentativa de desviar as atenções da guerra em Gaza. Os professores apresentaram suas constatações ao Post em 4 de junho.
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Federgruen, chefe da Divisão de Decisão, Risco e Operações da Columbia Business School, é especialista em cadeias de suprimentos. Kivetz, professor na mesma instituição, é especialista em tomada de decisão e economia comportamental.
Os especialistas observaram que o TPI emitiu mandados de prisão para representantes de altos cargos israelenses, incluindo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, com a alegação de que Israel usa a fome como método de guerra.
Federgruen e Kivetz examinaram dados do órgão israelense Coordenação das Atividades Governamentais nos Territórios: Judeia e Samaria e em Direção à Faixa de Gaza (Cogat, na sigla em inglês) e da ONU. Os documentos relataram que 250 caminhões por dia são suficientes para alimentar toda a população de Gaza.
Eles disseram ter descoberto que a quantidade de comida que entra em Gaza é suficiente para alimentar todos os 2,2 milhões de habitantes, de acordo com uma dieta normal na América do Norte. Isso se baseia em caminhões de 20 toneladas cada um.
As constatações, segundo eles, foram corroboradas por um estudo de universidades israelenses que concluiu que cada habitante de Gaza recebe 3.374 kcal por dia, enquanto apenas 2.100 kcal são necessárias.
Embora a ajuda seja suficiente, a distribuição é prejudicada por fatores como guerra e controle do Hamas.
“Israel pretende aumentar para 400-500 caminhões por dia e interrompe ofensivas por quatro horas diárias para facilitar as entregas”, afirmam. No entanto, os alimentos não são distribuídos consistentemente dentro de Gaza devido a sabotagem e roubo pelo Hamas, de acordo com os pesquisadores.
“Podemos dizer com alta confiança profissional que, se houve fome em Gaza, não foi instigada por Israel.”
A análise dos dados pelos professores se junta a um corpo crescente de evidências contra as alegações de que Israel é a principal responsável pela fome em Gaza, relata o Post.
Eles, no entanto, têm consciência de que esses dados não serão suficientes para neutralizar as acusações contra Israel. O caos da guerra e outros fatores revelam, para eles, que Israel continuará a ser culpado pela distribuição falha de alimentos.
O Hamas, prossegue o Post, não apenas se apropria de caminhões de ajuda, mas também usa as alegações de fome para pressionar Israel a parar a guerra.
Em 5 de maio, o grupo terrorista atacou a passagem de Kerem Shalom e matou cinco soldados, o que interrompeu brevemente o fornecimento de suprimentos.
Os professores argumentam que “o TPI, a ONU e a comunidade internacional devem culpar apenas o Hamas, que iniciou a guerra, matou mais de mil civis israelenses e estrangeiros e tomou mais de 200 reféns”.
Os especialistas também acusam a mídia de distorcer informações de Gaza, ao adotar o hábito de culpar Israel falsamente pela fome. “A mídia tem oscilado entre alegações falsas de que Israel está causando fome, genocídio e sabotando acordos de reféns com o Hamas”, afirmam.
Relatórios problemáticos e previsões de fome
Relatórios que eles consideram problemáticos, como o Classificação da Fase de Segurança Alimentar Integrada (IPC, na sigla em inglês), em março de 2024, previram uma grande fome em Gaza supostamente provocada por Israel. Esse relatório foi citado pela Oxfam, que acusou Israel de “escolhas deliberadas para matar civis de fome”.
Os especialistas, acrescenta o jornal, acompanham de perto os dados desde o início da guerra. “Nossa análise é baseada em dados do Cogat e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).”
Eles lembram que, nas análises, ficou registrado que a ajuda que entra em Gaza vem principalmente por Israel, depois de o Egito fechar a passagem de Rafah, em 8 de maio. “A cadeia de suprimentos de alimentos começa em Israel, mas, uma vez em Gaza, a distribuição não está mais sob controle israelense.”
Esqueceram também a opção de estarem fazendo greve de fome…