Um espião russo que fingia ser brasileiro foi trocado por prisioneiros norte-americanos, em uma ação que marcou a maior negociação por detentos entre Rússia e Estados Unidos desde a Guerra Fria. Os dois países concluíram o acordo na quinta-feira 1º.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
O espião, identificado como Mikhail Mikushin, possuía uma certidão de nascimento com o nome de José Assis Gianmaria, supostamente nascido em Padre Bernardo (GO).
De acordo com a BBC News Brasil, o cartório que teria emitido o documento afirmou que não sabe como a certidão chegou às mãos de Mikhail Mikushin.
Espião russo foi preso em 2022
O russo foi preso em novembro de 2022, em Tromsø, Noruega, sob acusação de espionagem. À época, a Embaixada da Rússia em Oslo afirmou não ter informações sobre a cidadania russa de Mikhail Mikushin.
As autoridades informaram que ele foi um coronel russo. O prisioneiro fingia ser brasileiro para atuar como pesquisador na Universidade do Ártico, na Noruega, país que faz fronteira com a Rússia.
De acordo com o site russo The Insider, Mikhail Mikushin estudou na Academia Militar Diplomática do Departamento Central de Inteligência Russo (GRU). O espião operava ilegalmente no exterior, com trabalhos de Inteligência.
O site também relatou que o russo estava envolvido em investigações no Canadá. Além disso, publicou artigos sobre bases militares no Ártico, transferidas posteriormente para a Noruega.
Troca de prisioneiros
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que 16 norte-americanos detidos em prisões russas foram libertados. O Serviço Federal de Segurança da Rússia, por sua vez, anunciou a liberação de oito russos, além de dois filhos de prisioneiros.