Esquema de corrupção política envolve executiva da Disneylândia

Um escândalo de corrupção derrubou o prefeito de Anaheim, na Califórnia, e atingiu de raspão a reputação do Grupo Disney. Uma investigação federal revelou que uma das principais executivas do parque temático Disneylândia se envolveu com o esquema de tráfico de influência política na cidade.

Um relatório do FBI (Departamento de Investigação Federal) enviado à Justiça da Califórnia identifica uma corporação como ‘Empresa A’, mencionando uma funcionária que ajudou a organizar reuniões entre o governantes de Anaheim com líderes de negócios.

Segundo reportagem do The Wall Street Journal, a ‘Empresa A’ é a Disney e a funcionária em questão é Carrie Nocella, chefe de Assuntos Externos do Disneyland Resort. No entanto, de acordo com o jornal norte-americano, o grupo e a executiva não foram acusados formalmente de irregularidades.

“Acreditamos que agimos totalmente de acordo com a lei e estamos preparados para cooperar com as autoridades se assim o solicitarem durante a investigação”, disse um porta-voz da Disney ao Wall Street Journal.

O FBI alega que Nocella era líder de um grupo que organizou um retiro dentro da propriedade do resort que inclui a Disneylândia, reunindo empresários da região e membros do Conselho Municipal de Anaheim. No encontro teriam sido discutidos atividades irregulares.

A investigação do FBI é centrada em Todd Ament, executivo-chefe da Câmara de Comércio de Anaheim, acusado de uma série de desvios de fundos municipais, entre outras irregularidades. O mesmo esquema revelou que o prefeito da cidade, Harry Sidhu, recebeu contribuições políticas ilegais ao atuar para superfaturar o valor de venda do estádio de beisebol local. O político renunciou ao cargo na terça-feira 24.

Inaugurado em 1955 em Anaheim, a Disneylândia foi o primeiro parque temático construído pela companhia. Foi a única estrutura do gênero projetada e supervisionada por Walt Disney, criador do grupo de entretenimento.

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