Os Estados Unidos estavam cientes da retomada da ofensiva de Israel em Gaza. Karoline Leavitt, porta-voz do governo Donald Trump, afirmou que Israel consultou aliados norte-americanos antes de encerrar a trégua de um mês, firmada no Catar.
Em entrevista à Fox News nesta terça-feira, 18, Karoline reforçou as ameaças de Trump ao Irã e ao Houthi. Nas redes sociais, ele declarou: “Hamas, Houthi, Irã e todos que ameaçam Israel e os EUA pagarão o preço. O inferno vai desabar.”
As declarações foram vistas como um forte posicionamento contra grupos considerados terroristas.
Depois da fala de Trump, Brian Hughes, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, afirmou que o Hamas “escolheu a guerra” ao não libertar reféns em Gaza. Ele destacou que o grupo poderia ter prolongado o cessar-fogo, mas optou pelo conflito.
Resposta do Hamas e reações internacionais

O grupo terrorista Hamas acusou os Estados Unidos de cumplicidade nos ataques de Israel. Sami Abu Zuhri, líder do grupo, disse à AFP que os bombardeios buscam forçá-los à “rendição” e criticou o apoio político e militar dos EUA a Israel.
“O objetivo dos massacres da ocupação em Gaza é minar o cessar-fogo e impor uma rendição escrita com o sangue de Gaza”, afirmou.
Arábia Saudita e Catar condenaram os ataques. Riad denunciou o “bombardeio direto contra civis”, enquanto o Catar ressaltou que a escalada pode agravar a crise.
Israel retomou os bombardeios na noite do dia 17 e afirmou que a ofensiva seguirá sem prazo para terminar. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, centenas de pessoas morreram ou ficaram feridas.
Justificativas de Israel e situação em Gaza
O país afirmou que os alvos incluem células militantes e infraestruturas do Hamas. Tanques foram vistos na fronteira, indicando possíveis incursões terrestres além dos ataques aéreos. O gabinete de Netanyahu justificou a ofensiva pela recusa do Hamas em libertar reféns e rejeitar novas propostas de cessar-fogo.
“Israel atuará contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o governo, sinalizando que a ofensiva continuará enquanto for considerada necessária.
Os ataques foram coordenados com a Agência de Segurança de Israel. Testemunhas relataram explosões em várias áreas de Gaza, e hospitais receberam um grande número de feridos. O Ministério da Saúde de Gaza informou que as vítimas continuam aumentando, incluindo muitas crianças.
A crise humanitária piora, com milhares de desabrigados e cidades destruídas. O Hamas acusou Israel de romper o cessar-fogo, colocando os reféns em “destino incerto”.
Israel impôs restrições em comunidades próximas, suspendeu aulas e ordenou evacuações. O cessar-fogo anterior, iniciado em 19 de janeiro, previa a troca de reféns por presos palestinos.
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