O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira, 13, o financiamento de uma rede de sete “centros” de hidrogênio limpo em todo o país.
O investimento de US$ 7 bilhões tem como objetivo acelerar o desenvolvimento de infraestrutura que produzirá e fornecerá combustíveis avançados de hidrogênio para os Estados Unidos.
De acordo com especialistas, esses super-combustíveis podem ser um divisor de águas para a redução de emissões
“À medida que o hidrogênio é implementado, ele pode reduzir as emissões de carbono totais nos EUA em 10 a 20%”, disse um dos porta-vozes do governo americano, em uma entrevista com jornalistas.
O dinheiro será destinado a projetos de hidrogênio limpo em todas as regiões do país, desde a Costa do Golfo até o Noroeste do Pacífico.
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No meio da agitação em torno do hidrogênio, também existem desafios profundos, pois ambientalistas alertam que, se a administração não impuser regulamentações rigorosas, este setor em crescimento poderia na verdade agravar o problema do clima.
Hidrogênio não é solução definitiva para os Estados Unidos, nem para o clima
O combustível de hidrogênio, feito pela separação das moléculas de água, não é um combustível novo. Mas em sua forma atual, está longe de ser uma solução climática, disseram especialistas.
Geralmente, é produzido com enormes quantidades de combustíveis fósseis por meio de um processo que envolve a combinação de metano com vapor.
Empresas de energia ao redor do mundo estão correndo para avançar uma versão mais limpa que possa ser produzida sem emissões, usando eletricidade limpa para separar as moléculas.
É uma tarefa que exige vastas quantidades de novas energias renováveis para alimentar o processo de fabricação, bem como potencialmente mais energia nuclear e uma enorme rede de instalações de armazenamento de carbono que possam capturar e enterrar emissões em locais onde o gás natural ainda é usado para produzir hidrogênio.
Os Estados Unidos estão investindo pesadamente na tecnologia, esperando dominar uma nova indústria de energia que se espera ser a espinha dorsal do transporte, transporte e manufatura futuros.
Por enquanto, é igual a carros elétricos.
Exetuando países onde existe energia renovável (como no Brasil a hidroelétrica, solar e eólica), fazer carros elétricos onde a energia para as baterias é produzida por gás, carvão, xisto e petróleo um verdadeir non-sense.