EUA acusam brasileiros de tráfico de armas e de drogas; grupo inclui membros do PCC

Um grupo de 18 brasileiros, incluindo membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), recebeu acusações de participar de uma organização de tráfico de armas e drogas nos Estados Unidos (EUA). A denúncia é do Departamento de Justiça norte-americano. Entre os suspeitos, 12 seriam imigrantes ilegais.

A investigação faz parte da operação “Take Back America”, que apura o tráfico de armas e fentanil no Estado de Massachusetts. Conforme as autoridades, os brasileiros se envolveram na venda de pistolas, rifles e espingardas, além da droga fentanil, substância 50 vezes mais potente que a heroína. A apreensão desse tipo de entorpecente, aliás, é um dos alvos prioritários do governo de Donald Trump. 

EUA veem uso de estrutura organizada

O grupo brasileiro operava em cidades como Boston, Framingham, Malden e Marlborough, em Massachusetts. O trabalho consistia em fornecer armas ilegais e fentanil para gangues locais. O arsenal tinha como procedência as regiões da Flórida e da Carolina do Sul. 

Conforme a procuradora Leah Foley, os brasileiros faziam parte de uma estrutura organizada que principalmente facilitava a entrada de armas ilegais e drogas em diversas comunidades norte-americanas. Os brasileiros enfrentam acusações de tráfico de armas sem licença e conspiração.

Maioria vendia armas

As penas para esses tipos de crime variam de cinco a 15 anos de prisão Além disso, há a aplicação de multas de até US$ 250 mil. Depois do cumprimento das sentenças, eles podem ser deportados. O fentanil, droga responsável por milhares de mortes por overdose nos EUA, foi um dos principais focos da investigação. A diretora da unidade de Imigração e Fiscalização Aduaneira, Patricia Hyde, destacou o perigo da combinação entre armas ilegais e o tráfico de drogas.

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