Os Estados Unidos alertaram o Irã, de maneira privada, sobre uma “ameaça terrorista” em território iraniano antes do ataque no início de janeiro reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, disse uma autoridade dos EUA nesta quinta-feira, 25. O jornal The Wall Street Journal foi o primeiro a publicar sobre o aviso, segundo a CNN.
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O ataque matou quase cem pessoas em solenidade de homenagem ao general iraniano Qasem Soleimani, assassinado em 2020. Foi realizado por meio de dois atentados suicidas na cidade de Kerman, no sudeste iraniano.
Possível busca de aproximação
A autoridade norte-americana disse que esse tipo de alerta, sobre o ataque de 3 de janeiro, é rotineiro, mas analistas avaliam que ele pode sinalizar um esforço dos Estados Unidos para construir uma relação de confiança com o país dos aiatolás.
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Tal esforço, segundo a CNN, teria como pano de fundo neutralizar investidas de grupos apoiados pelo Irã a interesses ocidentais. Entre elas estão o ataque do Hamas em 7 de outubro que matou cerca de 1,2 mil pessoas no sul de Israel, e os ataques com mísseis no sábado contra uma base aérea iraquiana que alojava tropas norte-americanas. Os EUA acusam o Irã de dar apoio logístico ao Hamas
“O governo dos Estados Unidos seguiu uma antiga política de ‘dever de alertar’ que foi implementada por várias administrações de avisar governos sobre possíveis ameaças letais”, disse a autoridade dos EUA, que pediu anonimato à CNN. “Nós passamos esses avisos em parte porque não queremos ver vidas inocentes perdidas em ataques terroristas.”
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Segundo Jon Alterman, diretor do programa de Oriente Médio do think tank Center for Strategic and International Studies (CSIS) em Washington, o alerta pode significar um desejo mais amplo dos Estados Unidos de buscar diálogo com o Irã. Mesmo com a ocorrência das recentes agressões apoiadas pelo Irã e de avanços do programa nuclear de Teerã.
“É um ramo de oliveira”, disse Alterman, Ele ainda ressaltou que o presidente norte-americano, Joe Biden, assumiu o governo acreditando que o diálogo entre Washington e Teerã poderia beneficiar ambos.
Os USA podem ter muitos defeitos, mas em relação à Rússia, China e outras gangues, é um enviado dos céus.