Os EUA anunciaram o reforço de sua presença militar no Oriente Médio e o envio de mais tropas e equipamentos com o objetivo de “defender Israel”, informou o Pentágono, em comunicado.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reafirmou o compromisso dos Estados Unidos de tomarem todas as medidas necessárias para proteger Israel e destacou o fortalecimento da postura militar dos EUA na região, dada a crescente tensão local.
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Em um comunicado divulgado no domingo 11 pelo secretário de imprensa do Pentágono, major-general Pat Ryder, constam que entre as medidas dos EUA estão o envio de um submarino com mísseis guiados e a aceleração do trânsito de um grupo de ataque de porta-aviões com caças F-35C.
A decisão segue uma conversa entre Austin e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, no domingo 11.
O contexto envolve a promessa de retaliação do Irã contra Israel depois do assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em 31 de julho. O Irã, que apoia o Hamas, acusa Israel pelo assassinato. Israel não comentou o incidente, e Teerã ainda não respondeu militarmente, mantendo a região em estado de alerta.
Possível conflito total entre Israel e Irã
O potencial de um conflito total entre Israel e o Irã, aliado de grupos terroristas como o Hezbollah, seria devastador para todas as partes envolvidas, avaliam especialistas. Os líderes dos dois países estão sob constante pressão para responder militarmente.
Em abril, houve trocas de ataques de mísseis entre Irã e Israel, mas os ataques foram cuidadosamente calculados para evitar danos significativos. Até agora, o Irã demonstrou pouco interesse em entrar em guerra com Israel, mas analistas ressaltam que uma futura retaliação pode ser mais severa.
As tensões entre Israel e Irã aumentaram desde o ataque liderado pelo grupo terrorista Hamas em 7 de outubro contra Israel, que resultou na morte de cerca de 1,2 mil pessoas e no sequestro de mais de 250 reféns, dos quais 116 foram libertados.
Impacto da morte de Haniyeh
A morte de Haniyeh, que liderou negociações de cessar-fogo para o Hamas, também trouxe incertezas sobre o futuro de uma solução diplomática entre o grupo militante palestino e Israel.
Yahya Sinwar foi escolhido como novo líder político do Hamas. Sinwar, que tem laços estreitos com o Irã, é considerado mais extremo que seu antecessor e menos propenso a negociar um cessar-fogo.