O general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o mais graduado do país, estima que cerca de 100 mil soldados russos e 100 mil ucranianos foram mortos ou feridos e que 40 mil civis tenham morrido nos quase oito meses de conflito. A Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro.
“Você está olhando para mais de 100 mil soldados russos mortos e feridos”, disse o general Milley, em entrevista em Nova Iorque. “A mesma coisa provavelmente no lado ucraniano.” Nenhum dos dois países revela claramente o número de vítimas.
Para ele, esses números podem incentivar os dois lados a negociar um fim para o conflito. Além disso, a proximidade do inverno, rigoroso nos dois países, poderá diminuir os combates e seria um momento oportuno para negociação.
O general também comentou a recente sinalização do presente ucraniano Volodymyr Zelensky de que estaria disposto a uma negociação, já que deixou de lado a exigência de que o presidente russo fosse removido do poder antes de eventual rodada de conversas. A mais recente exigência de Zelensky para negociar foi de que os territórios anexados deveriam ser devolvidos à Ucrânia.
Segundo o general norte-americano, que atua como conselheiro militar mais graduado do presidente dos EUA, Joe Biden, para que qualquer conversa seja bem-sucedida, tanto a Rússia quanto a Ucrânia teriam que chegar a um “reconhecimento mútuo” de que uma vitória em tempo de guerra “talvez não seja alcançável por meios militares e, portanto, você precisa recorrer a outros meios”.
Os números de soldados mortos ou feridos pelos EUA é infinitamente maior do que o divulgado até agora pelos países envolvidos no conflito. Em setembro, na última atualização dos dados, a Rússia disse que apenas 5,9 mil soldados foram mortos desde o início do conflito. A Ucrânia, em agosto, afirmou que 9 mil soldados tinham morrido até aquela data.
Segundo o general Milley, a guerra na Ucrânia também produziu entre 15 e 30 milhões de refugiados. A Organização das Nações Unidas (ONU) registrou 7,8 milhões de pessoas como refugiadas da Ucrânia em toda a Europa, incluindo a Rússia. No entanto, o número não inclui aqueles que foram forçados a fugir de suas casas, mas permanecem na Ucrânia.
A Ucrânia resiste bravamente contra a Ditadura. É um exemplo a ser seguido por todos ameaçados por estes regimes