A Marinha dos Estados Unidos (EUA) enviou para a península das Coreias do Sul e do Norte o submarino nuclear USS Kentucky, capaz de carregar até 20 unidades do míssil balístico submarino Trident-II (SLBM), que podem ser equipados com ogivas atômicas de até 450 quilotons — equivalente a mil toneladas do explosivo dinamite — e alcance de até 12 mil quilômetros.
Essa é a primeira embarcação desse tipo que ancora no litoral da Coreia do Sul em mais de 40 anos.
O movimento norte-americano acompanha as tensões na península, que vêm se agravando recentemente. Na quarta-feira 12, por exemplo, a Coreia do Norte lançou o míssil “mais sofisticado de seu arsenal”. Já hoje, outros dois foguetes foram disparados pelos norte-coreanos em direção ao mar.
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O emprego do submarino USS Kentucky segue a linha da chamada “dissuasão estendida”, utilizada pelos Estados Unidos na intenção de proteger seus aliados ao mesmo tempo, em que busca desencorajar possíveis agressores a avançar no desenvolvimento de armas de destruição em massa.
Outras embarcações, como porta-aviões de propulsão nuclear e também aeronaves do tipo bombardeiros estratégicos, fazem parte do posicionamento dos EUA.
Reação da Coreia do Norte à chegada do submarino
A chegada do submarino nuclear causou irritação na Coreia do Norte. Kim Yo-jong, irmã do ditador Kim Joung-un, declarou que Washington tem realizado ataques aéreos na região norte-coreana.
Outro ponto importante na elevação das tensões é o fracasso nas negociações de desnuclearização, iniciadas em 2019. Pyongyang rejeita qualquer oferta de diálogo e realiza um número recorde de testes de mísseis dos últimos tempos.
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Por outro lado, Seul e Washington retomaram seus grandes exercícios conjuntos, e periodicamente ativos estratégicos dos EUA vêm sendo implantados na região.