Os ataques dos EUA contra o grupo terrorista Houthi, no Iêmen, continuaram na manhã deste domingo, 4. Ao mesmo tempo, o governo de Joe Biden prossegue com seus esforços para defender as rotas marítimas no Mar Vermelho e reter a influência crescente de um dos aliados mais ativos do Irã.
No entanto, há indícios de que Washington e Teerã buscam evitar um confronto direto. Isso porque a contraofensiva norte-americana não matou nenhuma força iraniana, num conjunto de ataques contra a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e contra as milícias apoiadas pelos persas na Síria e no Iraque.
Esses ataques começaram na sexta-feira 2 e devem continuar nos próximos dias. A contraofensiva dos EUA teve início depois de um atentado na Jordânia, em 28 de janeiro, que matou três soldados norte-americanos e feriu mais de 40.
O Comando Central dos EUA, responsável pelas operações militares no Oriente Médio, disse ter conduzido um ataque durante a noite. A operação ocorreu numa área do Iêmen controlada pelo Houthi, que preparava um míssil para lançar contra navios no Mar Vermelho.
Washington informou que o ataque, por volta das 4 horas deste domingo, ocorreu depois que as autoridades consideraram o míssil uma ameaça iminente à Marinha dos EUA e à navegação mercante.
EUA miram instalações de armazenamento de armas
No sábado 3, os EUA e o Reino Unido afirmaram ter atingido 36 alvos em 13 locais no Iêmen. O objetivo era a destruição de instalações de armazenamento de armas, sistemas e lançadores de mísseis, sistemas de defesa aérea e radares para degradar a capacidade dos houthis de ameaçar o comércio global.
“O ataque de hoje teve como alvo específico locais associados a instalações de armazenamento de armas profundamente enterradas do Houthi”, justificaram os EUA e o Reino Unido, ao confirmarem a destruição dos sistemas de defesa aérea, dos lançadores de mísseis e dos radares dos rivais.
Novos ataques à vista
A coalizão liderada pelos EUA e pelo Reino Unido garante que almeja a redução das tensões e a retomada da estabilidade do Mar Vermelho, mas não descarta noos ataques. “Não hesitaremos em continuar a defender vidas e o livre fluxo do comércio numa das vias navegáveis mais importantes do mundo, face às ameaças contínuas”, alerta.
A nota acrescenta que, desde meados de novembro, mais de 30 embarcações foram atingidas naquele aérea, no que consideram ações “ilegais, perigosas e desestabilizadoras”.
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A coalizão é formada pelos EUA, Reino Unido, Austrália, Bahrein, Dinamarca, Canadá, Holanda e Nova Zelândia.
Em um comunicado, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, também evitou descartar novas operações. “Esta ação coletiva envia uma mensagem clara ao Houthi de que continuarão a sofrer consequências adicionais se não acabarem com os seus ataques ilegais a navios internacionais e navios de guerra”, afirmou.
Revista Oeste, com informações da Associated Press
Só acho estranho o Egito não estar nesta coligação.
Devem estar perdendo uma grana preta no canal de Suez.