Tim Walz, governador de Minnesota e candidato a vice-presidente dos Estados Unidos na chapa de Kamala Harris, se apresentou ao país em discurso na terceira noite da Convenção Nacional da legenda, na última quarta-feira, 21. Professor e treinador de futebol americano, Walz agradeceu aos correligionários por “trazerem alegria” à campanha da chapa que compõe com a vice-presidente Kamala.
Ao recapitular a carreira, o candidato citou feitos políticos em Minnesota. “Enquanto outros Estados proibiram livros nas escolas, nós banimos a fome nas nossas.” O discurso na convenção foi a maior aparição política da trajetória de Walz, já que muitos norte-americanos não o conheciam antes de ser escolhido como vice de Kamala. A escolha do governador é uma tentativa dos democratas de atrair os eleitores dos Estados do Meio-Oeste.
Walz subiu ao palco depois de o ex-presidente Bill Clinton dizer, em discurso, que o candidato republicano Donald Trump é “egoísta” e que Kamala prioriza as necessidades dos norte-americanos. “Temos uma escolha bastante clara, me parece: Kamala Harris, pelo povo. O outro cara provou, ainda mais do que na primeira tentativa, que para ele tudo é sobre ele mesmo”, disse Clinton.
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Kamala disse que Tim Walz foi escolha pessoal
Ao divulgar o nome de Walz como companheiro de chapa, Kamala disse que a escolha foi “pessoal” e listou a história do governador de Minnesota e sua relação com “a luta em defesa da classe média”. Aos 60 anos, ele seria a arma do partido — ao lado do ex-presidente Bill Clinton — para tentar seduzir eleitores de perfil mais conservador do interior dos EUA.
Um dado pouco conhecido da biografia de Walz se refere ao tempo que ele passou como professor na China, onde desembarcou pela primeira vez em 1989, como parte de um dos primeiros grupos de norte-americanos que receberam autorização para ensinar em escolas secundárias chinesas.
A relação de Tim Walz com a China
A relação de Walz com a China se tornou tão forte que ele fala mandarim e passou sua lua de mel no país. Alguns deputados republicanos resolveram aproveitar a informação para abrir uma investigação sobre os laços do governador com a ditadura chinesa.
“Os norte-americanos têm o direito de saber mais sobre a relação íntima de Walz com os chineses”, afirmou o deputado republicano James Comer, que preside a Comissão de Supervisão da Câmara, em carta ao diretor do FBI, Christopher Wray, na semana passada.
A convenção do Partido Democrata
Na terceira noite da convenção — a penúltima antes do encerramento —, o partido escalou um time de estrelas do establishment político: além de Clinton, participaram o secretário dos Transportes, Pete Buttigieg; a ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi; e o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, que era o mais cotado para ocupar a vaga de vice, mas foi preterido por Walz.
Quem apareceu no programa de ontem da convenção democrata foi a apresentadora Oprah Winfrey, que ganhou um lugar entre as celebridades escaladas para discursar. A atriz Julia Louis-Dreyfus também está em Chicago e moderou um painel de governadoras democratas sobre as chances de uma mulher ocupar a Casa Branca.
O cineasta Spike Lee participa da convenção como representante de Nova York, e a atriz Eva Longoria como parte da delegação do Texas. Celebridades como Andy Cohen, Aubrey Plaza e Zooey Deschanel apareceram em uma after-party on-line, enquanto as cantoras Billie Eilish e Jennifer Hudson se apresentaram em vídeos gravados.
Protestos
Do lado de fora da convenção, a polícia prendeu 55 pessoas em um protesto pró-Palestina diante do Consulado de Israel, a 3 quilômetros do United Center. Líderes do grupo elogiaram a decisão de permitir o discurso de parentes de reféns israelenses em Gaza, mas reivindicam um espaço para que Haj-Hassan, representante do movimento, também pudesse falar.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado