O governo dos Estados Unidos deve anunciar ainda nesta semana um plano para enviar o sistema de defesa antimísseis Patriot para a Ucrânia. O plano do Departamento de Defesa ainda precisa ser aprovado pelo secretário de Defesa, Lloyd Austin, antes de ser enviado ao presidente democrata Joe Biden para ser assinado.
O Patriot é um sistema de defesa aérea de longo alcance, um dos mais eficazes na interceptação de mísseis balísticos e de cruzeiro. O envio tem sido um pedido insistente da Ucrânia, que está sob intensos ataques de mísseis e drones russos, que destruíram infraestruturas importantes em todo o país.
Os detalhes do plano ainda não foram divulgados e, por isso, ainda não se sabe quantos lançadores de mísseis serão enviados. Um único sistema Patriot inclui um conjunto de radar que detecta e rastreia alvos, computadores, equipamentos de geração de energia, uma estação de controle de engajamento e até oito lançadores, cada um contendo quatro mísseis prontos para disparar.
Assim que os planos forem finalizados, os Patriots devem ser enviados nos próximos dias, e os ucranianos serão treinados para usá-los em uma base do Exército dos EUA em Grafenwoehr, na Alemanha, disseram autoridades à CNN.
A Ucrânia pede o sistema há meses, mas os desafios logísticos para entregar e operar o equipamento são grandes. Ao contrário dos sistemas menores de defesa aérea, as baterias de mísseis Patriot precisam de equipes muito maiores, exigindo dezenas de pessoas para operá-las adequadamente.
O treinamento para baterias de mísseis Patriot normalmente leva vários meses, um processo que os Estados Unidos agora realizarão sob a pressão de ataques aéreos quase diários da Rússia.
No mês passado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o governo norte-americano estava “muito focado” em fornecer sistemas de defesa aérea à Ucrânia. “E estamos trabalhando para garantir que os ucranianos obtenham esses sistemas o mais rápido possível, mas também da maneira mais eficaz possível, garantindo que tenham treinamento para usar e capacidade de manter os sitemas”, disse à CNN, em novembro.
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