A Europa registrou, em junho, o menor número de carros novos vendidos desde 1996. Segundo os dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, divulgados nesta sexta-feira, 15, foi pouco mais de 1 milhão de veículos comercializados no período nos 27 países da União Europeia — um tombo de 17%, na comparação com junho de 2021.
O Grupo Volkswagen (VW) viu as vendas em junho reduzirem 25%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a Volvo teve uma queda de quase 50% nos novos negócios.
A inflação na Zona do Euro, gargalos na cadeia de suprimentos, casos crescentes de coronavírus em alguns países (como a China) e escassez contínua de chips são apenas alguns dos problemas que assolam a indústria automobilística na região, que agora registra 12 meses consecutivos de declínio. O ano deve fechar com uma queda de 6% na entrega de carros novos.
Todos os quatro principais mercados da União Europeia (Espanha, Itália, Alemanha e França) relataram redução na comercialização de veículos.
Embora grandes fabricantes, como a VW, a BMW e a Mercedes Benz, tenham garantido que a escassez de semicondutores está sendo ultrapassada, ainda deve demorar algum tempo até que os atrasos sejam recuperados. A isto, há que somar o aumento dos preços da energia e a inflação, que, segundo fontes do setor consultadas pela agência de notícias Bloomberg, poderá levar a uma quebra das encomendas.