A crise que assola os países europeus não deve dissuadi-los de aplicar sanções à Rússia, em virtude da invasão da Ucrânia. Os dados econômicos mostram uma desaceleração iminente, com o preço dos alimentos e da energia fomentando o descontentamento dos cidadãos.
Por isso, líderes políticos questionam a utilidade das sanções impostas ao Kremlin. Mas as medidas de Moscou para reduzir as entregas de gás natural aos países da União Europeia (UE) deixaram a região numa encruzilhada.
Alemanha, Itália e outros grandes compradores de insumos russos estão lutando para substituí-los por fontes alternativas. Até agora, sem sucesso. O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse a Putin que as sanções aplicadas pela UE só serão reconsideradas caso os ataques contra a Ucrânia cessem.
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Como mostra reportagem publicada pelo The Wall Street Journal, a maioria dos Estados membros da UE está determinada a manter a pressão econômica sobre a Rússia. Mas nem todos.
Na França, por exemplo, a líder do partido Front Nacional, Marine Le Pen, pediu que o presidente do país, Emmanuel Macron, flexibilize as sanções contra a Rússia. “Essas sanções não servem para absolutamente nenhum propósito, exceto para fazer o povo europeu, incluindo o povo francês, sofrer”, afirmou a ex-candidata à Presidência, em entrevista coletiva.
Já na Alemanha, o líder da União Democrata-Cristã (CDU), Michael Kretschmer, que recentemente rompeu com o establishment político alemão, alerta para os perigos de isolar a Rússia. “Estamos caminhando para uma inflação de 8% a 10%”, disse ele, ao jornal Die Zeit. “Estou extremamente preocupado com toda a nossa economia e com a coesão social de nosso país.”
Apesar dessas iniciativas, Paris e Berlim não pretendem atenuar as sanções impostas a Moscou.
Leia mais: “O fiasco das sanções impostas à Rússia pelo Ocidente”, artigo de J.R. Guzzo publicado em Oeste
Agora é verão na Europa, deixa chegar a primeira nevasca, quero ver esses valentes implorando um pouquinho de gaz, pro Putim.
O gás já foi cortado, quem garante que voltará operar? e se caso for, q não será cortado na próxima chantagem.