O ex-candidato presidencial venezuelano Enrique Márquez solicitou, nesta quinta-feira, 25, a anulação da reeleição do ditador Nicolás Maduro.
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Márquez, que anteriormente era diretor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país sul-americano, apresentou a petição à Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), aliada ao regime chavista.
“Mostramos os vícios de inconstitucionalidade, sobretudo a violação da soberania popular recolhida no sufrágio do devido processo”, afirmou Márquez a jornalistas, depois de protocolar o documento.
Tribunal Supremo certifica reeleição de Maduro
Ele se referiu à certificação feita pelo TSJ dos resultados das eleições de 28 de julho, nas quais o ditador Maduro foi declarado vencedor. A oposição, por sua vez, alega fraude e reivindica a vitória de Edmundo González.
O TSJ da Venezuela afirma que certificou a reeleição de Maduro depois de periciar as urnas com as cédulas de votação do CNE. No entanto, o órgão ainda não publicou a apuração detalhada como exige a lei. A oposição venezuelana acusa a Corte por não divulgar as atas.
Acusações contra o CNE e ameaça à democracia
Além disso, Márquez acusa o CNE de trabalhar a favor do regime. “Nossa democracia está ameaçada, está em risco”, afirmou. “Nossa República está em risco. A paz e a convivência dos venezuelanos estão violadas.”
O TSJ, contudo, informou a Márquez que iniciará o processo em cinco dias. A petição foi assinada digitalmente por milhares de pessoas. Além disso, contou com o apoio de antigos altos cargos do chavismo, que desertaram depois da ascensão de Maduro.
Apoio ao recurso de Márquez
María Alejandra Díaz, ex-aliada ao chavismo, disse à agência de notícias AFP que a ditadura é “traidora” por pretender “sequestrar a vontade popular”.
“Infelizmente a era pós-Chávez é obscura”, afirmou María. “Uma era que se centrou no autoritarismo, no desconhecimento dos direitos dos trabalhadores, da própria Constituição.”
Impressionante a letargia diante da diáspora venezuelana. Oito milhões deles padecendo em outros países, um milhão no Brasil e o nosso governo olhando como um voyeur esse abuso contra a vida e a dignidade das pessoas, tudo para manter viva a esquerda que está na UTI no mundo todo, só não entre jornalistas militantes.
Mais um que vai ser preso por contestar a eleição “democrática” de Nicolas Maduro!