O Ministério Público da Coreia do Sul prendeu neste domingo, 8, no horário local, o ex-ministro da Defesa do país, Kim Yong-Hyun, pelo papel que ele teve na tentativa de imposição de uma lei marcial por parte do presidente Yoon Suk Yeol na última terça-feira, 3, segundo a agência estatal de notícias Yonhap.
De acordo com a investigação, Kim teria sido responsável por sugerir ao presidente Yoon a declaração da lei marcial em meio a um impasse político cada vez maior com a Assembleia Nacional, atualmente controlada pela oposição.
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O presidente reverteu a ordem seis horas mais tarde, depois de a Assembleia votar para encerrá-la, e, na quinta-feira 5, o ex-ministro pediu demissão do cargo.
A prisão ocorre horas depois da tentativa de um impeachment contra Yoon falhar na Assembleia Nacional coreana diante de um boicote da oposição. Na votação, ocorreu um boicote dos parlamentares do Partido do Poder Popular (PPP), o mesmo do presidente.
Para que o impeachment fosse aprovado, dois terços dos parlamentares, ou seja, 200 dos 300, precisariam votar a favor. Os partidos de oposição, que apresentaram a moção, ocupam 192 assentos e necessitavam de pelo menos oito votos adicionais do PPP.
Ministro renunciou ao cargo depois tentativa de impor lei marcial na Coreia do Sul
Na última quinta-feira, 4, o presidente da Coreia do Sul aceitou o pedido de renúncia do ministro da Defesa Nacional, Kim Yong-hyun. Ao cargo, o líder nomeou o ex-general Choi Byung-hyuk.
Choi Byung-hyuk é um ex-general respeitado no país. Ele já atuou como vice-comandante das Forças Combinadas Coreia do Sul−EUA entre 2019 e 2020.
Choi, até então embaixador na Arábia Saudita, é visto como alguém que trará estabilidade e conhecimento militar ao Ministério da Defesa, especialmente em um momento em que a Coreia do Sul busca fortalecer suas exportações de armamento.